terça-feira, 15 de setembro de 2015

Geek Expo 2015 : Muitas tribos e uma só sintonia


Geek: Termo modernamente usado para designar apreciadores de cultura pop, games, literatura, RPG,  Hqs e entretenimentos diversos com apelo intelectual.
Expo: Forma contraída de Exposição, podendo por associação livre significar convenção, encontro ou reunião.

Neste setembro de 2015 aconteceu o primeiro Geek Expo, um evento made in Ceará inspirado nos moldes das comic cons. Dubladores, celebridades da web e autores de quadrinhos dividiam espaço com painéis e exposições sobre Marvel, DC, Star Trek e outras séries de tv e franquias cinematográficas.


Espaços para games, stands de memorabilia e colecionáveis, oficinas e palestras estavam entre as atrações. Com destaque para o Artist Alley — num evento feito no Ceará bem que esta seção merecia um título em português — por ali, artistas e ilustradores (de alto nível) dividiam espaço com os autores convidados em sua mesa de autógrafos e encantavam com sua arte todos que visitaram o espaço. Muitos prints (uma espécie de mini-poster), cards, adesivos e artes originais foram disputados pelos fãs. Quadrinhos e artbooks também estavam disponíveis (com opção de autógrafo).



A celebração não seria completa sem a presença de fabulosos cosplays (destaque para a Oficina de Cosplay de Roberta Páscoa e Kim Lima) e uma exposição de estátuas e colecionáveis espalhadas por toda a sede desta Geek Expo, o Centro de Eventos do SEBRAE-CE. Os dias 12 e 13 foram de muita emoção para fãs e convidados com destaque para a palestra do Mino (e rapa-equipe) onde num encontro com leitores foi palco de depoimentos emocionantes e emocionados.

No encerramento houve a entrega do Primeiro Trófeu Al Rio. Um prêmio de reconhecimento concedido a alguns dos convidados por sua contribuição a este encantador mundo do entretenimento. Zilda Boaz, esposa do saudoso artista Al Rio (que dá nome ao prêmio) foi a primeira agraciada e agradeceu o apoio recebido por parte de amigos como Silvio Amarante (Revistas & Cia) e Alzir Fernandes (Gibiteria Fanzine) e o carinho de todos os fãs do Al Rio, o que inclui os organizadores da Geek Expo. A premiação foi apresentada pelo publicitário Rafael Vasconcelos. Amigos e parceiros de Al Rio foram convidados para entregar o troféu aos agraciados: Adão Iturrusgarai, Cris Peter, Mino, Sirlaney e Zilda Boaz.


Todos os ambientes estavam agradavelmente decorados e adequados para receber os fãs de cultura pop, sem superlotação, mesmo com o visível sucesso de público. A Geek Expo foi uma festa do entretenimento saudável e inteligente onde reinou a camaradagem com direito a picos de emoção como na palestra do Mino e na entrega do Prêmio Al Rio. Com tudo isso nos resta parabenizar os realizadores do evento e desejar à Geek Expo uma Vida Longa e Próspera.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Batwest: Um Improvável Cavaleiro das Trevas! (Uma crônica de Dennis Oliveira)



Você sabia que Adam West, o Batman do seriado de 1966, já revelou ter ficado ressentido por não ter sido chamado para reprisar o papel no filme dirigido por Tim Burton em 1989?

Pois é... Agora, venha imaginar e corromper comigo um tempo pretérito que nunca aconteceu (mas bem que poderia)...

Em 1989, a Warner escalou uma promessa oriunda dos Estúdios Disney, Tim Burton, para realizar o filme que celebraria os 50 anos de criação do Batman. E para comemorar a data, Burton julgou apropriado que fosse feita a adaptação da trama que muitos já consideravam o crepúsculo definitivo do Homem Morcego e assim, após algumas reuniões com Frank Miller, a trama de Cavaleiro das Trevas foi preparada para ter sua versão no cinema.

Adam West fora convocado novamente para vestir a capa e o capuz, mas Burton decidiu substituir o uniforme de pelica do seriado de 1966  por uma armadura negra de borracha, que realmente limitava os movimentos do herói mas que soava condizente em forma e função com o  personagem envelhecido e com o ator sexagenário. Jack Nicholson deu ares nunca imaginados ao Comissário Gordon (justificando plenamente o salário obsceno que faturou pelo longa metragem), mas a verdade é que quem roubou o filme foi o Coringa interpretado por Michael Keaton – uma versão aterrorizante e singularmente divertida do Besouro Suco de Os Fantasmas Se Divertem (1988).





Na atmosfera sombria que somente Tim Burton é capaz de criar para nos envolver, o talento brilhante de Jack Palance como o Duas Caras e um elenco secundário que ainda tinha a força do Líder Mutante vivido com pujança por Billy Dee Willians (o eterno Lando Calrisian), o irônico Alfred de Michael Gough e, mesmo sob pesadas críticas, a personagem de Kim Basinger, que flertava com características da Robin Carrie Kelley com Vick Vale, surpreendeu a todos e levou o Oscar de Melhor Atriz que todos atribuíam precipitadamente a Geena Davis por sua atuação em 'O turista acidental' antes de conferir Batman.

Com mais de duas horas de duração, o filme de linguagem tão dinâmica quanto possível se encerra após o embate derradeiro entre Batman e Coringa, mas Burton guardou uma cena (apresentada depois dos créditos finais) que arrebatou o coração dos fãs: o diálogo entre Superman (Christopher Reeve retornando ao papel do Homem de Aço 2 anos depois de Superman IV Em busca da Paz) e o presidente dos E.U.A. (Ronald Reagan poucos meses após o fim de seu mandato) a respeito das ações do vigilante de Gotham...

O filme deteve a marca histórica de maior bilheteria do cinema até o lançamento de Avatar (2009), mas os fãs teriam que esperar até 1992 para vislumbrar o desfecho total... e isso fica pra outro dia, amigos imaginautas.









Este artigo teve textos de Dennis Oliveira e imagens de JJ Marreiro
Mais sobre o Dennis Oliveira:
Profile no site Quadro-a-Quadro
Dennis Oliveira no Deviantart
Guardiões



http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2016/03/porque-o-batman-e-tao-legal-por-dennis.html


http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2013/07/quem-e-o-superman.html