Por Fernando Lima
Podemos usar milhões de adjetivos para definir as coisas das quais gostamos. É quase sempre difícil encontrar palavras que consigam definir exatamente aquilo que pensamos e/ou sentimos sobre alguma coisa. Em outros casos, uma única palavra se confunde com a essência do objeto e sua ligação torna-se tão íntima, que exclui qualquer outra definição. Tendo esclarecido esse ponto, posso dizer que só existe uma palavra para definir Doctor Who; ˜Fantástico˜.
Doctor Who é uma série de ficção-científica inglesa, produzida pela BBC, que conta as aventuras de um alienígena do planeta Gallifrey, conhecido apenas como o Doutor, que viaja pelo tempo e pelo espaço com companheiros humanos em sua nave, o TARDIS (sigla para Tempo e Dimensão Relativa no Espaço, em inglês). Estreou em 1963 e teve 26 temporadas até ser cancelada em 1989. Programas radiofônicos e livros eram produzidos durante a exibição da série e continuaram ampliando o incrível universo de histórias depois de seu cancelamento, assim os personagens continuaram “vivos“ e evoluindo em CDs, livros, quadrinhos e em, até mesmo, um telefilme, que foi produzido em 1996, numa malograda tentativa de capturar o público estadunidense.A criatividade é, e sempre foi, o ponto chave, o diferencial da série, e as soluções técnicas são deliciosamente surpreendentes. Para resolver o dilema da saída do ator que fazia o personagem principal, surgiu a ideia de que os habitantes de Gallifrey podiam regenerar todas as células do seu corpo no momento de sua morte, assumindo uma nova aparência e personalidade. Essa ideia não só explicou a mudança física da personagem, mas permitiu que cada ator que encarnava o Doutor pudesse fazê-lo de uma forma única e marcante.
Doctor Who continuou nos corações e mentes dos ingleses todos esses anos e, tão inevitável quanto o tempo, em 2005, a série retornou à televisão, alcançando um sucesso ainda maior e desta vez, graças às novas tecnologias, rompeu as barreiras do reino unido e conquistou fãs pelo mundo inteiro. Atualmente em sua sexta temporada, não parece haver planos para tirar a série do ar tão cedo.
Os roteiros são magnificamente bem escritos e a mitologia criada nos livros e nos episódios de áudio não é ignorada e os autores lutam febrilmente para manter a coesão em mais de 30 anos de história acumulada. Os vilões são um assunto à parte. Raças inteiras desafiaram a genialidade do Doutor, enquanto ele se punha entre elas e o destino da humanidade, Daleks, Cybermen, Autons, Sycorax, Racnoss, Sontarans, Macras, Raxacoricofallapatorians (é sério), todos derrotados por uma boa dose de inteligência, coragem e a utilização precisa de uma chave de fenda sônica.
Não estou dizendo que não haja episódios abaixo da média e que tudo na série seja perfeito. Há falhas ocasionais, episódios fracos, que se tornam mais decepcionantes quando comparados a outros que são fabulosos. Nada é a prova de falhas, mas, Doctor Who é uma experiência insanamente deliciosa e merecedora de uma atenção especial dos fãs de ficção científica, por que é inteligente e, acima de tudo, divertida. Para os iniciantes, o infográfico do talentosíssimo Bob Canada apresenta um pouco do universo do Doutor.
Se você se interessou, visite o site Doctor Who Brasil.
E nesse domingo (20/11/2011), a partir das 15hs acontecerá um encontro de fãs da série na Saraiva MegaStore do Shopping Iguatemi de Fortaleza (mais informações).
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