quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

As Aventuras do Capitão Próton




Ninguém imaginaria que estreia da série Jornada nas Estrelas a Nova Geração (1987- 1994) seria tão importante para a franquia televisiva e cinematográfica de Jornada nas Estrelas. Além de retomar temas, personagens e raças (e culturas) alienígenas citadas na série original (1966 a 1968) a Nova Geração trouxe elementos que refletiriam no futuro da franquia, ou seja, nos filmes de 1994 (Generations), 1996 (First Contact) , 1998 (Insurrection) e 2002 (Nemesis) e nas séries subsequentes DS9, Voyager e Enterprise.

Um dos elementos importantes introduzidos à partir das primeiras missões da Enterprise-D na data estelar 41025.5 (ano 2364 calendário da Terra) foi o Holodeck, um ambiente da nave que usa hologramas para gerar cenários realísticos e o processo de conversão de energia em matéria que cria objetos físicos à partir dos suprimentos de matéria-prima da nave. Se o teletransporte converte energia em matéria e depois reestrutura a matéria através do feixe de energia, o holodeck utiliza este mesmo princípio para criar objetos, adereços e personagens interativos. Usado para propósitos de pesquisa ou entretenimento é possível visitar ambientes, cenários e interagir com figuras históricas ou fictícias em aventuras quaisquer desde que inseridas no sistema por meio de programação. Numa dessas programações o Alferes Tom Paris (personagem regular da série Star Trek Voyager) recria um seriado de ficção nos moldes dos anos 40: As Aventuras do Capitão Próton.


A holonovela, ou holoromance, criado por Tom Paris aparece nos episódios: Night (season5 Ep01); Thirty Days (season05 Ep09); The Bride of Caotica (season05 Ep12); Shattered (season07 Ep11).
A homenagem de Voyager às primeiras produções Sci-Fi é bem cuidada, do figurino, composição de personagens, cenários, adereços e fundo histórico. O visual, sempre em PB, remete aos serials como O Homem Foguete( The King of the Rocket Men, 1949—o casaco usado pelo Cap Próton é idêntico ao do Rocket Man, incluindo o painel de controle no meio do peito), ou Império Submarino e Zumbis da Estratosfera (Undersea Kingdom, 1936 e Zombies of Stratosphere, 1952 de onde veio o robô usado pelo vilão).

Em Jornada nas Estrelas, As Aventuras do Capitão Próton são pano de fundo para outros acontecimentos, entretanto no episódio A Noiva de Caótica um mau funcionamento no Holodeck põe a USS Voyager em perigo quando alienígenas invadem a nave e parte da tripulação, incluindo a Cap. Jeneway, precisa interagir com os personagens deste universo pulp (para maiores informações busque os episódios listados no fim da matéria). 

Capitão Próton (Espaçonauta primeira casse, protetor da Terra, flagelo da maldade intergalática) é um herói espacial que luta contra a vilania e as forças malignas que planejam conquistar ou destruir a galáxia. A Rainha Arachnia, o Doutor Chaotica, As Gêmeas Amantes do Mal (Demonica & Malicia). Em suas aventuras o herói espacial é auxiliado pelo seu parceito, ás da reportagem, Buster Kicaid e por sua secretária Constance Goodheart.

Tendo surgido no seriado como uma referência a um personagem que nunca existiu, o Capitão Proton acabou tornando-se um romance (do autor Dean Wesley Smith) que pode ser descrito como: a revista pulp que inspirou a Holonovela de Tom Paris. Se os roteiristas e produtores de Jornada nas Estrelas exploraram a Ficção Científica Hard em alguns episódios, nestas referências à Space Opera eles prestaram uma bela homenagem não apenas aos serials, mas a seus roteiristas, diretores, atores, figurinistas e sobretudo aos seus fãs.





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3 comentários:

  1. Voyager foi uma série muito 8 ou 80 nos episódios, esses que usavam o Capitão Proton eram muito bons e demonstraram muito bem a criatividade do roteiro.

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    1. Para mim todos os episódios são ótimos ou excelentes, de 8 a 10, sou fã incondicional da Série.

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  2. Sou fã incondicional de antigos serials. Adorava assistir Flash Gordon (1936) na TV, por volta de 1971-2.

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