sexta-feira, 6 de maio de 2016

Capitão América: GUERRA CIVIL (sem poilers!)




O Capitão América é um herói talhado pela GUERRA, foi criado durante o calor da batalha, perdeu amigos, perdeu amores, perdeu a forma de vida que conhecia. Ficou décadas em animação suspensa, teve suas habilidades requisitadas para diversas missões heroicas e agora está de volta a um tipo de conflito que o talhou: a Guerra. Dito isto, vamos ao que interessa: O roteiro de Civil War é muito arrumado, cada cena, cada ação possui uma lógica e uma justificativa, cada ocorrência provoca reações críveis, cada personagem possui uma motivação coerente. 

O filme não subestima a inteligência do espectador (fã ou não) E, o principal: não se apoia apenas na superfície das imagens para fisgar a audiência. É, de fato um filme com uma bela superfície, mas que possui conteúdo. Se há falhas elas não são superficiais, nem agressivas, nem grotescas.

A grande frustração dos Fanboys reside na diferença substancial entre o filme e o quadrinho —uma saga que interligou todas as revistas da editora Marvel pelo período aproximado de um ano. A exemplo do filme Vingadores: Era de Ultron, Capitão América: Guerra Civil toma emprestados alguns elementos dos quadrinhos e a força do seu título para propor uma jornada diferente. Ou seja: Esta não é a Guerra Civil vista nas HQs.

Os filmes do Capitão América entre todas as produções do MARVEL Studios tem se firmado pela trama envolvente e bem construída. Civil War não foge a regra e vai além. Há uma quantidade grande de personagens coadjuvantes, todos metodicamente bem aproveitados. Há uma trama e uma subtrama que se relacionam e se fortalecem com o desenrolar das cenas. E... é um filme de Super-Heróis na melhor acepção do termo Super-Herói. 


Um herói é aquele personagem incrível disposto a fazer o que é certo, aquela pessoa dotada de coragem, ímpeto, força de caráter, sempre vertendo suas energias na direção do bem comum ou de um bem maior. O Super-herói é o herói com dons que vão muito além de qualquer capacidade natural humana e trás consigo um toque do fantástico, do impossível do inimaginável. 

Guerra Civil é um filme sombrio que não precisa de filtros de imagem para refletir sua escuridão e não ignora o momento correto para pequenos alívios. Na trama, um movimento político moralista se agiganta sobre as ações heroicas motivando a cisão entre os dois lados e —embora fosse fabuloso ver uma guerra de heróis nas proporções mostradas no gibi— os conflitos e o nível de ação mostrados na película são envolventes momentos de pura adrenalina.

Se é um filme bom ou não, se suas preferências entre Marvel e DC são fatores determinantes para gostar de uma produção deste tipo, isto é com você, e nenhuma crítica, com ou sem spoilers vai mudar sua ótica ou sua apreciação. Mas é certo falar que Capitão América: Guerra Civil está perfeitamente alinhado a tudo que a Marvel vem mostrando no cinema até aqui.

Capitão América: Guerra Civil (2016). Direção Anthony Russo, Joe Russo;
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely; Estrelando: Chris Evans, Robert Downey Jr, Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Anthony Mackie, Don Cheadly, Jeramy Renner, Chadwick Boseman, Paul Bettany, Elisabeth Olsen, Pau Rudd, Emily VanCamp, Tom Holland, Daniel Brühl, Frank Grillo, William Hurt, Marisa Tomei. Música: Henry Jackman.



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