Ricardo Quartim é jornalista especializado em quadrinhos e cultura pop, produtor e apresentador do DROPS Ricardo Quartim no Youtube, Editor do saudoso blog Chamando Superamigos, colaborador do Laboratório Espacial, do jornal O Empoderado, da Revista Mundo dos Super-Heróis e da Editora Heroica. Ricardo Quartim também participa do programa Link Pop da Record News. E o título de ESCRITOR acaba de ser adicionado a seu extenso currículo com o lançamento do livro Os Senhores de Ur - O início (Red Dragon Publisher). E são justamente os caminhos misteriosos do Fantástico Mundo de Ur que serão desbravados no bate-papo a seguir. Acompanhe!
01- Você escreve para vários veículos como jornais, revistas, sites e blogs, apresenta e produz o videolog DROPS Ricardo Quartim no Youtube. Hoje você está entre os mais conhecidos jornalistas especializados em quadrinhos e cultura pop do Brasil. Quais foram seus primeiros passos nessa direção?
Eu comecei a escrever para a revista Mundo dos Super-Heróis no ano de 2008 na edição #10, meio que por
acaso quando eu sugeri ao Manoel de
Souza, o editor, fazer uma entrevista com o brasileiro Rodolfo Damaggio, quadrinhista da DC Comics e profissional de Hollywood
que havia também trabalhado em filmes de super-heróis com story board, design e
desenhos de produção. Fiz essa sugestão porque o Damaggio é meu amigo de infância e crescemos juntos aqui em
Ribeirão Preto (moro aqui apesar de ter nascido em São Paulo), sendo como
irmãos. E como ele estava vindo ao Brasil passar o final de ano com a família
(ele mora faz mais de 20 anos nos Estados
Unidos), tive a ideia dessa entrevista.
Foi aí que o Manu me disse “Porque você mesmo não faz a entrevista com
ele? Aí passa também a ser um
colaborador da revista”. E foi assim que tudo começou! (risos)
Desde então tenho escrito os mais diversos tipos de matérias
para a Mundo. Sobre Conan, Tarzan, Tintim, Universo Bonelli etc. Além de notas
curtas, notícias dentre outras coisas. Minha matéria sobre o Tintim inclusive foi a mais completa
que já saiu em uma mídia escrita, falando tudo sobre o personagem como
animações, filmes live action,
comerciais de TV, o filme do Spielberg
que estava estreando naquele ano além é claro de todos os álbuns dele. E a
matéria sobre a Bonelli, que fiz com
meu amigo Alexandre Callari (do Pipoca & Nanquim e ex-editor das revistas do Batman da Panini) foi considerada
por um site europeu a mais completa matéria sobre a editora italiana em língua
portuguesa.
A revista Mundo dos Super-Heróis é a única no Brasil especializada em quadrinhos e cultura nerd/geek. Ganhadora por dois anos consecutivos do Troféu HQ MIX (a maior premiação do gênero no país) como maior publicação sobre quadrinhos vencendo inclusive a internacional Wizard que estava no Brasil. E em 2012 ganhou pela terceira vez, como a maior mídia sobre quadrinhos. Além de ser referência no gênero, tem fama internacional. Após a Mundo dos Super-Heróis, comecei a ficar conhecido e me chamaram para escrever para o saudoso blog Chamando Superamigos do parceiro Clayton Godinho. E atualmente escrevo para este site do Laboratório Espacial a seu convite anos atrás, para o Jornal Empoderado que era uma publicação impressa em São Paulo distribuída no metrô e acabou se tornando virtual com um site e uma página no Facebook, editado pelo Anderson Moraes. No Facebook também escrevo para a página O Frango. Tem mais alguns para os quais escrevi, mas não me recordo de tudo de cabeça (risos).
E tem o DROPS Ricardo Quartim, que é meu canal no qual procuro apresentar
um conteúdo diferenciado do que tem na maioria dos canais
desse tipo. Ao invés de falar o que todos falam como dos lançamentos de
quadrinhos, histórico de um personagem como o Batman por exemplo, tento fazer matérias onde você não encontra em lugar
nenhum. Como por exemplo Artistas que
copiam outros artistas, onde mostro que na indústria dos comics desde os anos 30 já haviam
artistas que copiavam descaradamente outros. Até Bob Kane copiou para o Batman
uma pose do Flash Gordon de Alex Raymond. Mostro que isso ocorre
ainda antes dos quadrinhos desde a antiguidade quando artistas como Manet copiava Monet e outros da época. Falo que isso ocorre em toda a mídia como
em desenhos animados, filmes e música dando exemplo de cada um. Tem outro DROPS que é sobre mensagens subliminares e teorias da conspiração nas HQs. Outro
também que é o Capas ridículas, no
qual explico o motivo de haverem tantas capas ridículas com heróis fazendo
coisas bizarras nos gibis dos anos 50/70. Vou na raiz histórica mostrando todos
os fatos que levaram a isso. Sem falar
que saio do eixo Marvel/DC falando de quadrinhos de todos os gêneros, épocas e
países e não só os comics americanos.
E finalmente também é importante
citar que fui transformado em um personagem de quadrinhos Ricardo Quartim, o Super-Herói da Notícia, que na saga Força Extrema (cordenada pelo André Carim) passei a me chamar Quartzo Dourado. Quem teve a ideia de me tornar um personagem
foi o Odilon José Choba, um fã que mora
no Japão e tem uma editora independente lá. O nome como você sabe, foi você
mesmo quem deu quando eu apresentava o DROPS
(risos). E a saga Força Extrema é
uma HQ da qual participam 20 quadrinhistas cada um com seu personagem. Além disso sempre sou chamado para
fazer palestras já tendo feito até em universidades, participar de debates,
eventos etc. E no início de 2017, o diretor de filmes, comerciais e clipes Adilson Borges, que só trabalha com
celebridades, queria pessoas famosas do meio nerd para aparecerem vestidas de super-heróis em um clipe da banda O Velho Profeta. O Adilson me chamou para participar das
filmagens ao lado da talentosa quadrinhista internacional Débora Caritá, que inclusive fez uma arte de Os Senhores de Ur. O clipe ainda não tem data de lançamento. Lá vocês me verão em ação utilizando alguns dos meus
superpoderes (risos) Os Senhores de Ur - O início
02- Pelos previews e releases sabemos que seu livro trata de um mundo que mistura Fantasia e Tecnologia. Mas o que é possível falar a respeito de UR sem spoilers?
Ur é um planeta localizado em uma galáxia muito distante da
Terra. Bom, por enquanto isso não é novidade pois a maioria dos mundos
fictícios é assim (risos). Para ir até Ur, Urano, o personagem principal, tem
de ir até uma civilização no centro da Terra onde existe um Stargate, ou seja, um portal dimensional
que leva a outro portal no distante planeta Ur. Pois fazer isso viajando em
naves espaciais demoraria muitos anos.
03- Quando você começou a imaginar a trama contada no livro 'Os Senhores de UR - O Início'?
Eu comecei quando tinha uns vinte e poucos anos quando
imaginei o que aconteceria se você... ops! Quase dei um spoiler! (risos) Bem, foi nessa época e até criei uma história com
viagens de volta no tempo etc, mas o final era deprimente mais para filmes de
terror do que de aventura. Os anos passaram, então no ano de 1999 resolvi
colocar aquela ideia em prática mas com uma história completamente diferente.
Antes eu tinha imaginado um conto fantástico com um final chocante! Quando
comecei a escrever, transformei em romance e mudei toda a trama e personagens
em uma narrativa que nada mais tinha a ver com a anterior exceto o fato que me
deu a ideia inicial, que se eu contar estraga, pois é uma das maiores e mais
impactantes revelações do livro!
04- Há muitas referencias históricas no livro e referencia a
várias teorias que muitos acreditam ser verdade, como por exemplo a Teoria da
Terra Oca. Como foi seu processo de pesquisa para a produção do livro?
Eu pesquisei a história da
humanidade, as formas que os governantes de todas as épocas utilizavam como estratégia para governar e ludibriar o povo. Estratégias de guerra,
utilização da fé do povo na religião para dominação etc. E a referência histórica mais direta é a época
da ditadura militar no Brasil. Gabriel, o pai adotivo de Urano, personagem
principal de Os Senhores de Ur, é perseguido pela ditadura na primeira metade
do livro antes de Urano partir para Ur ao lado de seu mentor alienígena, o
velho Ral Q.
Mas uma coisa que quero deixar claro é que a ditadura militar que houve naquele período, é muito diferente de uma possível intervenção militar nos dias de hoje caso ela realmente venha acontecer. Na ditadura havia-se a intenção de ocupar o governo de forma permanente impondo o regime ditatorial e de repressão. Já na intervenção não existe essa intenção, apenas colocar ordem de forma severa na bagunça que aí está. Mesmo porque, também acredito que os militares de hoje são diferentes dos daqueles tempos e jamais cometeriam os erros e abusos dos de outrora.
Bom, voltando a falar das referências, as inúmeras citações no livro sobre ufologia, civilizações intra-terrenas, seres elementais, stargates, seres mitológicos etc, são através de muita pesquisa com base em fatos que apesar de contestáveis, muitos consideram verídicos. No entanto na parte da história que se passa no planeta Ur onde nada mais é pesquisado e sim criado. E ainda estudei A Jornada do Herói de Joseph Campbell que foi uma das bases para a criação da história, mesma fonte em que bebeu George Lucas para escrever Star Wars. E ainda pesquisei mitos e fábulas de diversas regiões do mundo e a forma como eles influencias as pessoas e seu subconsciente.
05- Na sua opinião quais as diferenças entre redigir uma
matéria ou artigo jornalístico e um romance?
São bem diferentes! As linguagens são completamente diversas.
Na matéria deve-se ser imparcial, apenas dar a notícia sem manifestar sua
opinião pessoal. A linguagem também deve ser direta, com frases curtas e sem
adjetivação. O artigo jornalístico já pode haver a opinião de quem o escreve já
que é algo mais pessoal e não meramente informativo. O autor apresenta fatos
comentando-os e as frases podem ser mais longas para desenvolver as ideias de
quem o redige. Já o romance, não existe muito uma regra, mas o escritor
normalmente desenvolve parágrafos mais longos e pode ou não utilizar mais
adjetivações dependendo de seu estilo. E diferente da matéria ou do artigo pode
ou não ser ficção, além da possibilidade de se desenvolver a ideia o quanto
quiser já que não há limite de tamanho.
06- Autores como Edgar Rice Burroughs, J.R.R.Tolkien, Robert E. Howard (que também está no catálogo da Red Dragon Publisher) também navegaram literariamente em mundos de fantasia e aventura. Criar de maneira coesa todo um mundo, todo um novo conceito de sociedade, todo um novo ecossistema e ainda reunir todos esses elementos dentro de um processo narrativo não é uma tarefa simples. O que mais te ajudou ao longo dessa construção?
Quanto ao tipo de sociedade eu quis criar uma dominada por um
ditador que apesar de ser cruel e possuir um grande poder que se manifesta
através da maldade, acredita que o que está fazendo é o correto pois acha que o
povo por ser ignorante não tem condições de decidir o que é o melhor para
ele. Khaos controla as informações e aliena seu povo, porque acha que
isso seria uma forma de proteção para eles mesmos, que por serem humildes e
ignorantes, não tem capacidade de discernir o que é bom para sua
integridade. Como um pai na criação de
um filho que escolhe o que é bom para a criança, proibindo o que seria nocivo
para sua saúde e educação. Então com
base nesse critério foi que estudei através da história da humanidade tudo o
que já citei na resposta anterior. Também quis mostrar que nem sempre o mais
poderoso é o mais forte fisicamente. Tanto que o imperador Khaos é um homem decrépito, que de tanto utilizar seu poder acabou
definhando e necessita de uma armadura para se locomover e aparecer para o
povo. Seu poder não vem da força física,
mas sim da inteligência. Também quis mostrar que sua fortaleza, mesmo ele sendo
um vilão assustador, onde vive não precisa ser um lugar de trevas, porque o mal
também aprecia o belo.
Após estabelecer esse sistema totalitário, criei o mundo físico de
Ur com base no Planeta Mongo de Flash
Gordon que possui o mundo das florestas, do gelo, do mar e do ar. Coisa
similar que George Lucas também fez
com Star Wars. Então você verá Urano nas profundezas do oceano, em
florestas densas cheia de pântanos, em desertos, em lugares com gelo por todos
os lados e na fortaleza voadora.
Apesar da história ser em um planeta com tecnologia avançada, eu
queria também narrar aventuras do estilo Espada
e Magia como as de Conan, já que
Robert E. Howard, pai do personagem
e do estilo citado, foi uma das minhas inspirações e eu gosto muito do gênero.
Mas ficaria incoerente os personagens utilizarem espadas e lutarem de maneira
primitiva, com aqueles trajes bárbaros em um lugar tão avançado em um cenário
futurista. Então criei uma zona no
planeta onde não é permitido o uso da tecnologia! O motivo é explicado no livro
e se você quiser saber o porquê terá de lê-lo! (risos) Sendo assim Ur se divide entre o mundo avançado e o
primitivo onde na fronteira entre um mundo e outro há um posto de trocas de
trajes e armas. Mas os camponeses em sua maioria nunca saem das florestas
porque alienados que são, não tem noção a realidade atrasada em que vivem.
Somente guerreiros, bárbaros e mercenários costumam atravessar de um mundo para
o outro.
Já o visual de Ur, me baseei nas ilustrações clássicas de
livros de Sci Fi bem como nas
pinturas de Frazzetta e outros
grandes mestres que faziam essas artes. Tanto que quando pedi ao Caio Cacau (Marvel, DC, STar Trek) que fizesse a capa do livro,
já o instruí que remetesse as dos livros de Sci Fi dos anos 40 e 50, mas com uma roupagem nova, mais moderna. Já que quando criei o mundo de Ur, o concebi com base nessas ilustrações
clássicas que retratam mundos alienígenas com cenários exóticos e coloridos.
Quis dar a impressão de algo onírico com um estilo vintage e ao mesmo tempo futurista e arrojado! John Carter de Marte foi uma das minhas inspirações também, além do
já citado Flash Gordon e as pinturas
de Joe Jusko para os mundos perdidos
de Edgard Rice Burroughs. Tanto o Caio quanto o outros ilustradores do
livro como Paulo Tomson e Rom Freire leram a descrição que fiz no
livro do Planeta Ur e seguiram à
risca tudo, nos mínimos detalhes, e eu supervisionei cada passo não só da
ilustração como das cores e tons da pintura para que fosse exatamente como
concebi em minha mente! Os animais e criaturas que habitam Ur eu criei de minha mente, alguns
baseados em seres mitológicos e outros a junção de vários animais em um só.
07- Há algum tempo a opinião dos leitores e apreciadores de uma obra só chegavam ao autor por meio de cartas ou por meio de alguma crítica em jornal ou revista. Com o advento das novas tecnologias e principalmente das redes sociais cada leitor se tornou um crítico, e pior que isso, foi intensificada a postura do "não vi e não gostei". Surgem depreciadores e críticos que se ocupam de denegrir e hostilizar autores e obras sem sequer as terem lido. Há muitos autores mudando o modo de escrever, alterando etnias de personagens e inserindo em suas obras pautas de representatividade, gerando muitas vezes um resultado artificial. Você acha que o autor precisa se submeter a pautas "engajadistas" hoje em dia para ter uma boa aceitação?
Criei esses
personagens naturalmente porque partiu de mim querer mostrar que eles são
importantes. No entanto não coloquei
nenhum representante de LGBT no livro, mas isso não significa que não os
respeito e que sou contra eles! Simplesmente a trama não pedia! E não vou criar
uma situação forçada só para atender essas necessidades! Mas no Volume 2 teremos um personagem muito importante gay que será um bravo guerreiro conhecido como "O mais bravo entre os bravos! O Alex Magnos meu
editor me disse que devemos escrever o que gostamos sem se deixar influenciar
pela mídia! Quem gostar gostou e compra e quem não gostar que não leia.
08- Agora vamos falar da Red Dragon Publisher que lançará em breve Os Senhores de UR-O Início. A editora possui títulos de ficção fantástica, espada e magia entre outros. Como se deu essa união entre UR e a Red Dragon?
Bom, foi meio que por acaso se bem que não acredito no
acaso. Eu estava na CCCXP17 filmando algumas tomadas para o DROPS quando um rapaz parou do
meu lado e ficou aguardando eu terminar. Achei até que estava atrapalhando no
caminho e quando acabei, ele se aproximou dizendo meu nome e colocando duas
revistas em minha mão dizendo que eram dois lançamentos dele na CCXP. Achei que queria me vender mas na realidade ele estava
me dando! Ele disse que era meu fã e me levou até sua mesa para conhecer seu
trabalho. Já fiquei impressionado com a qualidade do material que nada devia a
qualquer americano e até mesmo europeus. Ao chegar em Ribeirão (apesar de ser
de São Paulo moro em Ribeirão Preto) fui ler e também fiquei impressionado com
o roteiro escrito por ele e o procurei para elogiar dizendo que eu também tinha
se tornado fã dele. Ao pesquisar o site da Red
Dragon vi que além de quadrinhos também publicava livros e entrei em
contato novamente com ele dizendo que eu tinha escrito um livro. Então mostrei
a sinopse, a capa, algumas
ilustrações e ele me disse imediatamente
que iria publicar o meu livro e que eu
não precisaria me preocupar com nenhum gasto que a editora havia ficado
interessada em minha obra e tinha visto potencial em Os Senhores de Ur. E
realmente ele estava certo, pois com menos de uma semana de pré-venda ele me
disse que o livro já estava sendo sucesso de vendas ainda na pré-venda antes de
completar uma semana! E ainda usou a expressão dizendo que “Os Senhores de Ur já é Marca de Sucesso!”. Dois grandes feitos
nos dias de hoje, primeiro porque uma editora publicou o livro para mim, sendo
que até escritores célebres reclamam que nenhuma editora quer publicar a obra
deles dando preferência aos americanos e eles mesmos tem de financiar tudo se
quiserem publicar seu livro. Segundo
pelo fato de em um país que afirmam, pouco se lê, em apenas 6 dias meu livro já
era sucesso de vendas com uma previsão de depois ser lançada já uma segunda
edição!
Mas ainda tenho outra sorte do fato da Red Dragon ter uma parceria de importação/ exportação com uma
editora italiana, a Weird Comic/Book! A Weird já estava de olho no material
da Red Dragon pelo alto nível de
qualidade que se assemelha aos europeus. E hoje nós publicamos as coisas da Weird por aqui e eles publicam as
nossas lá na Itália! Sendo assim Os
Senhores de Ur tem planos também de
ser publicado na Itália. Fora outras parcerias com outras editoras na Itália, Espanha e Estados Unidos.
Então poderemos ter também Os Senhores
de Ur publicados nesses países!
09- Ricardo, o título do seu livro é 'Os Senhores de Ur - O Início'. Isso instiga uma curiosidade que imagino esteja na cabeça de muita gente: significa que vem mais coisa por aí?
Sim, Os Senhores de Ur é uma saga que se estenderá por
vários livros, por isso o primeiro tem o subtítulo “O Início”. Quanto quantos
livros serão, isso depende mesmo de minha disposição, já que o Alex me disse
que o que eu escrever ele publicará! E pela minha disposição pretendo escrever
enquanto viver, assim como Edgard Rice Burroughs escreveu mais de 30 livros de
Tarzan pretendo ir criando histórias até quando Deus permitir! O primeiro livro (Os Senhores de Ur - O Início) foi publicado em dezembro (2018) e em menos de um mês esgotou a edição (clique AQUI para adquirir o livro). O segundo livro já está em andamento.
Escrevi uma Graphic Novel que se
passa dentro do universo dos livros e não uma adaptação do romance. No
livro deixei brechas propositais de tempo para encaixar outra história
lá. Ela terá 75 páginas e será um álbum de luxo estilo europeu que
levará em média 3 anos para ser ilustrada pelo artista Paulo Thomson. E ainda há planos para transformar Os Senhores de Ur em RPG,
Games, merchandising com bonecos, camisetas, canecas etc., animação
(logicamente adaptada ao público juvenil) e quem sabe um dia chegar a uma
franquia de filmes de Hollywood! Um diretor de cinema já se interessou, mas preciso encontrar um estúdio para produzir. Independente de dar certo ou não com esse diretor, o projeto de transformar em filme continuará adiante, mesmo que com outro diretor.
10- Agora uma pergunta "daquelas": O que você diria para um possível leitor para ajudá-lo a se decidir de levar 'Os Senhores de Ur- O Início' entre vários outros da prateleira de uma livraria?
Primeiro lugar porque é uma história surpreendente, com uma
trama que tem várias reviravoltas onde acontece o inesperado e fatos
impactantes que você é pego de surpresa. Não é uma trama previsível e
simplista. Além de ter aventura e ação em um ritmo alucinante digna de Indiana
Jones! Para quem gosta de Sci Fi a
trama possui
paralelos temporais como na trilogia De
Volta Para o Futuro e Exterminador
do Futuro. E como disse tem um pouco de Flash Gordon e Star Wars
além de em certas passagens terem um clima de Conan. Ainda temos a capa
incrível do Caio Cacau, que é o
responsável pelas capas da série de livros de Star Trek nos Estados
Unidos e Prefácio do jornalista e escritor Marco Moretti um dos
finalistas do Prêmio Jabuti. Sem falar que o livro é rico em ilustrações exclusivas por quadrinhistas
nacionais e internacionais incluindo Gabriel Andrade Jr que produziu com
Alan Moore a série CROSSED + ONE HUNDRED (Crossed +100) e o
espanhol Benito Gallego Sanchez que atualmente desenha as tiras de Tarzan
com roteiros de Roy Thomas. Sendo assim é um livro realmente imperdível!
11- Ricardo Quartim, muito obrigado pela entrevista, pela colaboração aqui no Laboratório Espacial e pelo belo trabalho que você tem feito apoiando e incentivando a produção de quadrinhos e cultura pop. O espaço é seu:
Como já falei sobre meu trabalho e dos Senhores de Ur, acho
que ao invés de fazer meu jabá aqui prefiro usar esse espaço para mostrar que
não apenas eu posso conseguir realizar meu sonho e concretizar meus objetivos.
Qualquer um pode!
Se você tem um objetivo
lute por ele. Você não é um fracassado por não estar conseguindo. Se você
persistir você conseguirá, não importa o tempo que levar. Mas se você desistir,
então não conseguirá nunca! Aí sim você será um fracassado! Lembre-se sempre
disso! E não basta apenas lutar e se esforçar, sua mente tem de ser positiva e
acreditar!
Então aí vão algumas
dicas através de frases eu que mesmo criei e postava nas redes sociais para
incentivar a galera:
1) As pessoas que dizem que você não consegue são
medíocres e invejosas. Não dê ouvido aos fracassados!
2) Não se preocupe com o que os outros tem.
Concentre-se no que você quer conseguir!3) Pare de dizer que está velho! O conformismo é para os fracassados. Você é o que acredita ser.
4) Nós somos fruto da constante evolução, física,
mental e espiritual. Você nunca é velho demais para mudar nem bom o bastante
para acomodar.
5) Aprenda a agradecer, apreciar a natureza e ver o
lado positivo da vida. A mente positiva atrai o positivo!
6) NÃO ACREDITE NO IMPOSSÍVEL, ACREDITE EM VOCÊ!
7) E NUNCA! JAMAIS se esqueçam... COMPREM OS SENHORESDE UR! (Risos)
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