segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Fora de Órbita 01 – O episódio em que eles falaram de heróis espaciais
O Laboratório Espacial estréia seu videaocast com Fernando Lima e JJ Marreiro papeando sobre personagens do gênero heróis espaciais. A produção foi de Fernando e JJ com apoio de Walber Feijó.
sábado, 26 de novembro de 2011
JJ Marreiro no Studio Viva
A equipe do Studio Viva (TV O Povo) gravou um quadro com minha participação. O quadro do programa investiga a relação das pessoas com a cidade e com o bairro, o resultado vc vê neste post. Um abraço para toda a turma bacana que faz a TV O Povo.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
O Doutor vai atender agora.
Por Fernando Lima
Podemos usar milhões de adjetivos para definir as coisas das quais gostamos. É quase sempre difícil encontrar palavras que consigam definir exatamente aquilo que pensamos e/ou sentimos sobre alguma coisa. Em outros casos, uma única palavra se confunde com a essência do objeto e sua ligação torna-se tão íntima, que exclui qualquer outra definição. Tendo esclarecido esse ponto, posso dizer que só existe uma palavra para definir Doctor Who; ˜Fantástico˜.
Doctor Who é uma série de ficção-científica inglesa, produzida pela BBC, que conta as aventuras de um alienígena do planeta Gallifrey, conhecido apenas como o Doutor, que viaja pelo tempo e pelo espaço com companheiros humanos em sua nave, o TARDIS (sigla para Tempo e Dimensão Relativa no Espaço, em inglês). Estreou em 1963 e teve 26 temporadas até ser cancelada em 1989. Programas radiofônicos e livros eram produzidos durante a exibição da série e continuaram ampliando o incrível universo de histórias depois de seu cancelamento, assim os personagens continuaram “vivos“ e evoluindo em CDs, livros, quadrinhos e em, até mesmo, um telefilme, que foi produzido em 1996, numa malograda tentativa de capturar o público estadunidense.A criatividade é, e sempre foi, o ponto chave, o diferencial da série, e as soluções técnicas são deliciosamente surpreendentes. Para resolver o dilema da saída do ator que fazia o personagem principal, surgiu a ideia de que os habitantes de Gallifrey podiam regenerar todas as células do seu corpo no momento de sua morte, assumindo uma nova aparência e personalidade. Essa ideia não só explicou a mudança física da personagem, mas permitiu que cada ator que encarnava o Doutor pudesse fazê-lo de uma forma única e marcante.
Doctor Who continuou nos corações e mentes dos ingleses todos esses anos e, tão inevitável quanto o tempo, em 2005, a série retornou à televisão, alcançando um sucesso ainda maior e desta vez, graças às novas tecnologias, rompeu as barreiras do reino unido e conquistou fãs pelo mundo inteiro. Atualmente em sua sexta temporada, não parece haver planos para tirar a série do ar tão cedo.
Os roteiros são magnificamente bem escritos e a mitologia criada nos livros e nos episódios de áudio não é ignorada e os autores lutam febrilmente para manter a coesão em mais de 30 anos de história acumulada. Os vilões são um assunto à parte. Raças inteiras desafiaram a genialidade do Doutor, enquanto ele se punha entre elas e o destino da humanidade, Daleks, Cybermen, Autons, Sycorax, Racnoss, Sontarans, Macras, Raxacoricofallapatorians (é sério), todos derrotados por uma boa dose de inteligência, coragem e a utilização precisa de uma chave de fenda sônica.
Não estou dizendo que não haja episódios abaixo da média e que tudo na série seja perfeito. Há falhas ocasionais, episódios fracos, que se tornam mais decepcionantes quando comparados a outros que são fabulosos. Nada é a prova de falhas, mas, Doctor Who é uma experiência insanamente deliciosa e merecedora de uma atenção especial dos fãs de ficção científica, por que é inteligente e, acima de tudo, divertida. Para os iniciantes, o infográfico do talentosíssimo Bob Canada apresenta um pouco do universo do Doutor.
Se você se interessou, visite o site Doctor Who Brasil.
E nesse domingo (20/11/2011), a partir das 15hs acontecerá um encontro de fãs da série na Saraiva MegaStore do Shopping Iguatemi de Fortaleza (mais informações).
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Entrevista Exclusiva! David Campiti & Rodrigo Monteiro falam ao Laboratório Espacial!
novembro 11th, 2011 | Author: JJ Marreiro
David Campiti, Roteirista, Editor, Diretor Executivo da Glass House Comics e descobridor de talentos do mercado americano de quadrinhos. Rodrigo Monteiro já foi articulista dos mais famosos sites de quadrinhos do Brasil, assinando como Rodrigo Piolho, trabalhou como colorista e agora gerencia a divisão brasileira da Glass House Graphics.
(Entrevista concedida a JJ Marreiro em 7 de novembro de 2011 no estúdio de Al Rio)
David Campiti, quando você começou nos quadrinhos?
David: Eu comecei como fã. Se usássemos uma máquina do tempo veríamos que em 1967 estava lendo Homem-Aranha, Quarteto Fantástico por Stan Lee, John Romita Senior, Jack Kirby. Entrei nos quadrinhos nessa época e os acompanhei durante escola e a faculdade. E alguns anos após a Faculdade, em 1982, eu comecei a escrever quadrinhos profissionalmente, após trabalhar com publicidade e em programas de rádio. Pouca gente sabe que nessa época também fiz dublagens para animação e recentemente fiz algumas vozes para um filme de Animação chamado NIKO-The Voyage to Magica, que deve sair em 2012.
Com que editoras você trabalhou naquela época?
David: Em 85 mais ou menos eu escrevi Superman, para a DC Comics e muitas outras coisas para diversas editoras associado a muitos artistas diferentes, fiz muitos quadrinhos nessa época. Em 88 comecei uma editora, a Innovation Publishing, publicando Super-Heróis e adaptações de Filmes, séries de TV e adaptações de romances. Dark Shadows, Perdidos no Espaço, Vampiro Lestat e coisas nessa linha. Fiz isso até 93 quando deixei a companhia que comecei para começar a Glass House Graphics, uma agencia que está aí a quase 20 anos.
Rodrigo Monteiro quando você começou nos quadrinhos?
Rodrigo: Comecei como fã há uns vinte e poucos anos e em 97 conheci um pessoal que agora está fazendo quadrinhos, o Wilmar, ou melhor Will Conrad e comecei a fazer cursos de roteiro em Belo Horizonte. Em 2001 comecei a colorir, com o Wilmar me ensinando, trabalhei com ele, depois fiz freelancer, trabalhei um ano mais ou menos fazendo quadrinho erótico, fiz algumas edições para a Glass House, Commitions e já conhecia o David há algum tempo e recentemente fui convidado pra assumir a Gerência da Glass House no Brasil.
Vocês representam muitos artistas de diferentes países, mas poderiam citar alguns dos brasileiros agenciados pela Glass House hoje?
Rodrigo: Al Rio, Mike Deodato, Will Conrad, Fábio Laguna, Like Ross, Cliff Richards, Fabiano Neves, Ronilson Freire (do Maranhão), Walter Geovani (que é do Ceará). Temos cerca de cem artistas com os quais além de quadrinhos trabalhamos arte e ilustrações para livros, produtos, web designs, publicidade e animação.
David, você conhece o trabalho de Maurício de Sousa? O que acha do trabalho dele?
David: É Claro que conheço! É uma espécie de versão brasileira de Peanuts. Ele tem muitos fans e suas publicações estão por aí há muito tempo. Eu acho fantástico, vejo que se trata de um trabalho muito grandioso e de muito sucesso. Mais de nós precisamos conseguir fazer isso.
Fale um pouco de outros artistas brasileiros que você conhece.
David: Eu estava familiarizado com o trabalho do pai de Mike Deodato, também Emir Ribeiro, mas vim a conhecer mais coisas sobre os artistas brasileiros após começar a trabalhar com Mike Deotado, Luke Ross, Joe Bennet e artistas dessa geração. Eu fui o primeiro editor americano a contratar artistas brasileiros quando eu estava conduzindo a Innovation. Encontrei tantos talentos que acabei deixando a Innovation para começar uma agência para levar esses talentos para os Estados Unidos. Até hoje quase todos dos maiores artistas brasileiros que trabalham pro mercado americano foram descobertos por mim, existem apenas uma ou duas exceções. Parte das pessoas que estão em outras agencias também passaram pela Glass House e mesmo com o surgimento de outras agencias ainda temos mais uma centena de talentos que nos fazem a maior agência de quadrinhos no planeta.
David você veio ao Brasil para o FIQ 2011 e vai trocar ideias com artistas, avaliar portfólios, apresentar o trabalho da Glass House, não é isso?
David: Exato. Alguns de nossos mais notáveis artistas farão uma apresentação especial no sábado e eu estarei lá junto com o pessoal do Big Jack Studios, uma escola que tem parceria com a Glass House. Estarei no FIQ durante esses dias e ficarei tantas horas quantas os artistas precisarem que eu fique. As pessoas serão bem vindas a falar comigo e me mostrar o trabalho a qualquer momento.
Os artistas não precisam ter vergonha de me mostrar seus portfólios, veja bem os artistas brasileiros que transformamos em astros, muitos não falam inglês. O trabalho fala por eles eu revisarei seus trabalhos e Rodrigo Monteiro estará lá para traduzir assim como Mike Deodato e Will Conrad e podem ajudar com as traduções e dicas, pois diferente de muitos artistas que vejo noutros lugares que são mesquinhos e escondem informações, eles estão sempre interessados em ajudar a melhoria dos quadrinhos como um todo. Eles aprenderam do jeito mais difícil, superaram muita coisa e como astros que são agora estão felizes em dividir o que aprenderam.
David, o que é o básico que um iniciante precisa saber pra entrar no mercado dos Comics?
David: Existem 4 passos para se tornar um grande artista de quadrinhos. Parece óbvio pra mim, mas pode não ser para as outras pessoas. Primeiro: Saber desenhar! Muitos querem desenhar quadrinhos, mas estão tão preocupados procurando atalhos que esquecem de aprender o básico do desenho. Entender como são os rostos, desenhar pessoas a partir da imagem real, pessoas reais, fundos e cenários convincentes. Não estou dizendo pra seres realistas, mas que precisam ter um nível de habilidade consistente e profissional. Não começar a estilizar se não sabe como a coisa é de verdade.
Segundo: Habilidade para contar a história em imagens. Em outras palavras, você pode ser bom em fazer ilustrações individuais ou figuras únicas, mas se você não consegue colocá-las num cenário, relacioná-la com este fundo e fazer essas interações você não conseguirá contar a história. Então conte a história visualmente, quadrinhos são Arte Sequencial. Você ficaria surpreso com a quantidade de artistas que me trazem ilustrações únicas e eu sempre pergunto: Qual seu objetivo, qual seu plano? E escuto “eu quero ser um artista de quadrinhos”. Olho para o portfólio e tenho que dizer: “Então porque você não começa desenhando Quadrinhos?”. Você não vai magicamente conseguir essa habilidade se você não souber qual o caminho de como contar uma história. Isto é crucial.
Terceiro: Criar um estilo vendável que os editores estejam dispostos a comprar. Você pode saber desenhas, mas se seu material parecer coisas de 1953 será difícil encontrar uma publicação que seja publicado em 2011, a menos que alguém queira editar um quadrinho que pareça como em 1953. Recebi uma amostra ano passado, deveria ser uma história romântica num bar de solteiros e o artista colocou todos os persponagens masculinos com jaketas dos anos 50, chapéus antiquados, mulheres com cortes fora de uso. Será que ele nunca viu TV ou nunca olhou fora de casa? É importante ver os estilos, a moda, o mundo, todas essas coisas. Isto fará toda diferença.
Há outra coisa a respeito de estilo e você provavelmente nunca ouviu falar disto: Estilo é tudo aquilo que o artista desenha errado. Pense sobre isto. Se eles estivessem fazendo direito ficaria parecido com uma fotografia, então o que um artista faz é interpretar a realidade. O modo como adiciona luz e sombra, como desenha cabelo, a maneira que lida com as dobras, a maneira como refina áreas de transição entre luz e sombra, hachureados todas essas coisas interpretando a realidade se tornam seu estilo. Alguns artistas como Fábio Laguna ou Al Rio são mestres em adaptar seu estilo, eles podem aprender qualquer técnica e acabamento superficial de qualquer um, mas entendem o raciocínio por trás dessas técnicas e porque são dessa maneira. É por isso que Fabio Laguna por exemplo é um artista perfeito para Scubby-Doo, Ursinho Puf ou qualquer personagem desse tipo quer venha da Pixar, Warnner, Pernalonga. Ele entende como isso funciona, então ele pega o estilo perfeitamente.
Vamos reembrar os três primeiros pontos: Habilidade para Desenhar; Contar Histórias em imagens e Estilo vendável que os editores estejam aptos a comprar e por fim o Quarto e último tópico: Profissionalismo.
Quando recebo um artista e avalio seu portfólio e ele começa a argumentar comigo ou começa a dizer que não sabe do que estou falando ou diz “Estou procurando fazer algo vanguardista menos comercial” em outras palavras…Ele quer desenhar mal? Existe uma diferença entre estilo, vanguarda e habilidade profissional eu sei a diferença e os editores também. Então, argumentar comigo não fará seu traço melhor. De modo semelhante se está submetendo seu trabalho a um editor e sendo contratado para um trabalho, você tem que lidar com isso profissionalmente. Você pede as referencias, se comunica todos os dias sobre seu progresso nas páginas, se terminou a página do dia, envia o JPEG pra mostrar. Deixe a comunicação às claras, atualizada. Peça aquilo que precisa em termos de referencias.
Então, David, é importante pegar opiniões sobre a evolução das páginas durante o trabalho, mantendo sempre contato intermitente com o agente e editor. Isso ajuda inclusive a melhorar as páginas?
David: Exato. Veja o exemplo de Mike Deodato com quem trabalho desde 1991. Ele ainda me envia os leiautes pra revisar. Sim! O cara Top do mercado! E ocasionalmente vou encontrar algo que ele tenha deixado passar porque ele está muito mergulhado no trabalho. Outro dia disse pra ele “e isso aqui? Eu não entendi o storytelling dessa página”. E ele: “Você está certo! Vou corrigir isto!”.
A próxima pergunta diz respeito a vendas e comportamento de vendas no Brasil, Rodrigo, então vou passar a bola pra você. Alguns quadrinhos tem migrado das bancas para as livrarias com formato de luxo, lombada quadrada. Aqui ainda há uma tradição forte de banca, mas o que você acha dessa migração?
Rodrigo: Nos Estados Unidos não há essa tradição da banca, lá os quadrinhos são vendidos só em Comic Shops. Um problema do Brasil ainda é a visão que se tem de que Gibi é coisa de criança. Se for em quadrinhos a maioria das pessoas vai pensar que foi feito para crianças, to exagerando, mas é a mentalidade geral. Quando migra pras livrarias aí tem uma seleção diferente de público. Em BH nas livrarias praticamente você só vê os encadernados, você não vê gibi mensal. Com isso as editpras estão buscando um público mais selecionado, por isso você vê muito Vertigo, Supremos. Coisas classificadas como quadrinho para adultos, criança não alcansa esses títulos.
Rodrigo, você acha que esse tipo de migração pra quadrinho adulto e de livraria pode explicar em parte a entrada do Maurício nesse nicho de quadrinho adulto? Inclusive com essa abertura de estilos promovido pelo projeto MSP?
Rodrigo: O Maurício contratou um cara muito inteligente e que conhece muito de quadrinhos que é o Sidney Gusman (nota: Editor do Site Universohq). O Maurício está no mercado a mais de 50 anos. Você tem as crianças que são o principal público dele e você tem os pais que cresceram comprando coisa do Maurício, cresceram lendo turma da Mônica e tem essa nostalgia envolvendo isso. Visitamos o estúdio do Maurício durante o Festcomics, vimos que eles estão fazendo encadernados das tiras antigas e publicando em livraria. Ele consegue juntar a nostalgia dos pais com o frescor das crianças ali. É fantástico o que ele consegue fazer.
David Campiti, o que você pensa a respeito das publicações da Boneli Comics?
David: Eu tenho um monte de exemplares de Tex. Acho que são os únicos da Bonelli que tenho. Acho que é um quadrinho muito bom e direto! Tex é absolutamente maravilhoso, muito direto e as pessoas podem aprender muito à partir dele. É feito por artistas que realmente sabem desenhar e tem feito isso à muito tempo. Eles possuem segurança, confiança, uma solidez que é importante. Eles não estão tentando mudar o curso da civilização fazendo algo novo, é uma equipe muito talentosa fazendo um ótimo trabalho. Veja como os cavalos são desenhados ali, como a câmera se move, essas coisas me impressionam. Infelizmente ninguém tem me enviado nada direcionado a Bonelli.
O que você acha que dá tanta longevidada a Tex no mercado? É o fato das histórias serem simples, da não haver problemas de cronologia, do estilo ser direto?
David: São quadrinhos honestamente bons. Você não precisa seguir trinta anos de cronologia pra entender o que está acontecendo. E isto tem feito a pupularidade dos outros quadrinhos cair atualmente, a leitura de alguns quadrinhos praticamente exigem um curso universitário antes de lê-los. Quando colecionava quadrinhos gostava muito de John Romita Sênior que fazia quadrinhos muito diretos. Realista sem ser neuroticamente apegado a fotos, desenhava belas mulheres, desenhava muito bem expressão corporal. As pessoas se importanvam porque os personagens pareciam huminizados nas páginas. Chegamos a um ponto que alguns quadrinhos são tão estilizados que mal reconhecemos os personagens como pessoas.
Muito obrigado pela entrevista David, Boa Viagem, espero que encontre excelentes artistas lá em BH.
David: Eu também, obrigado.
Rodrigo Monteiro, obrigado pelo bate-papo e pelas dicas. Bom FIQ 2011.
Rodrigo: Obrigado. Estamos a disposição.
Foi uma entrevista bem longa e profunda. Algumas coisas tiveram que ser reduzidas para ganhar em objetividade. O Laboratório Espacial registra os agradecimentos especiais aos amigos Al Rio e Walter Geovane por fazerem a ponte com a Glass House e novamente a David Campiti e Rodrigo Monteiro pela paciência e disponibilidade de trocar idéias e dividir um pouco do seu conhecimento aqui no nosso espaço.
Mais sobre a GLASS HOUSE GRAPHICS, David Campiti e Rodrigo Monteiro em:
www.glashousegraphics.com
www.studiosakka.com
www.davidcampiti.com
http://exposure.keenspot.com/
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