Quanto dinheiro ganha um profissional do desenho? Assim como na Arquitetura, Medicina, Direito ou qualquer outra profissão os valores variam. Esta é uma pergunta comum em convenções e eventos. Dinheiro é importante, mas não deveria ser o fator mais importante de uma vida, ele é um meio e não um fim.
Perguntar aos artistas o valor de suas páginas ou quanto
ganham por mês é - pra começo de conversa – no mínimo deselegante. Salário é
assunto que compete apenas a quem paga e quem recebe. Não estou dizendo para
fugir do assunto financeiro, mas é preciso saber com quem conversar e em que
momento. Se seu portfólio for adequado às necessidades de mercado, um agente,
ao avaliá-lo e perceber seu potencial, pode falar com você em termos de
valores.
Você quer ser profissional: Aja como tal. Cuide de seu
trabalho, cuide de seus clientes (as pessoas pra quem você presta serviço),
respeite seus leitores, trate bem as pessoas, quer seja o faxineiro quer seja o
editor-chefe. Mantenha hábitos de higiene nas suas páginas e em si. Embora a
mídia underground explore o contrário, ninguém gosta de gente suja ou fedendo.
Mantenha uma pasta apresentável para seu trabalho. Sua apresentação é uma
questão de higiene, mas também de profissionalismo. Cuide de sua imagem.
Quadrinhos implicam eventualmente em contatos com o público. Todas aquelas suas
fotos desenhando sem camisa, ou de camiseta regata e chinelo de dedo na internet
fazem você parecer um “trabalhador escravo” e não um autor de quadrinhos. Você
não é o Tarzan, então não ajude os gringos a pensar que os brasileiros vivem em
casas nas árvores e se locomovem por meio de cipós. Se você quer ser um
artista, precisa se portar como tal. Que imagem você quer que os leitores
tenham de você? Como são as fotos que você já viu de artistas como Alex Raymond, Will Eisner, Maurício de Sousa ou Ziraldo? Que imagem você faz desses
autores?
Cerque-se de pessoas que possam te ajudar a caminhar. Para
isto é que existem os agentes, eles são responsáveis por posicionar seu
trabalho no mercado editorial. Além disso, um bom agente vai planejar sua
carreira com você, discutir que títulos deve pegar, que projetos podem ser
interessantes para sua carreira. Muitas vezes um título pequeno e desconhecido
é melhor que um muito famoso. A pressão é menor e a liberdade de experimentação
é maior. Se seu foco é o mercado brasileiro será importante travar contato com
diversos editores e apresentar-se a eles. No Brasil os jornalistas
especializados e os designers gráficos podem sugerir ao editor usar seu traço
por ser adequado a esta ou aquela situação. Quanto mais gente do mercado
editorial você conhecer, melhor será para seu trabalho. É fato que existem pessoas
difíceis de lidar, mas lembre-se todo mundo quer trabalhar com o pessoal mais
boa-praça.
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