sexta-feira, 26 de abril de 2019

Vingadores: Ultimato ( SEM SPOILERS )



Falar sobre filmes de cultura pop é divertidíssimo, algumas vezes isso constitui um desafio: Como falar de um filme sem soltar spoilers? Fácil: É só falar do filme sem soltar spoilers. Soltar spoilers é uma atitude que estraga a diversão e muitas vezes reflete falta de sensibilidade e falta de respeito. Existem pessoas que não se incomodam com isso, mas a maioria dos comunicadores sérios avisam já no cabeçalho ou no banner de divulgação se há ou não spoilers. Assim, como diz o nosso cabeçalho e nosso banner: Vamos falar do Ultimato SEM SPOILERS!












 A Marvel trouxe para suas produções cinematográficas (MCU-Universo Cinematográfico Marvel) o conceito de universo interligado tão conhecido (e amado) por seus fãs nos quadrinhos. Avengers: END GAME, no Brasil Vingadores ULTIMATO segue o encadeamento lógico visto nesse universo compartilhado (as séries de TV da Marvel teriam ganhado muito se tivessem mantido uma proximidade maior com esse compartilhamento ou se tivessem tido o aconselhamento dos produtores certos). Essa conexão dá credibilidade aos personagens, dá coesão a seu mundo, dá margem a compreensões e alimenta diversas situações emocionais — cobrindo vários aspectos numa escala que vai do riso às lágrimas, passando pela compaixão, inspiração, determinação. Fazendo tudo isso sem apelar para soluções fáceis. Não se trata de um filme perfeito, mas os poucos deslizes e pequenas incongruências estão em patamares aceitáveis se medidos em relação ao nível de diversão proposta.




Uma produção de um tamanho semelhante ao visto em blockbusters como Star Wars e Senhor dos Anéis resulta em cenas tão belamente engendradas que poderia até inaugurar um gênero: Épico de Super-Heróis.

Faz sentido manter-se alerta contra spoilers dada a maneira inteligente como as ações são encadeadas, afinal um dos motivos de ir ao cinema é colocar nas nossas vidas um pouco de emoção escapista e ludicidade. Muito possivelmente os fãs de cinema de ação e fãs de heróis vão ao cinema esperando uma série de coisas, alguns possivelmente mantenham até uma listinha mental. Em Vingadores ULTIMATO, a listinha mental de muita gente deve receber muitos tiques positivos e alguns Plus.




Ficar fora das redes sociais até ter visto o filme é uma postura prudente pois os estraga-prazeres de plantão vão vir com tudo e fatalmente vão tomar blocks e semear discórdias e cultivar inimizades. Como prometido este texto não possui spoilers, mas funciona como termômetro de ânimos, e as lágrimas e risos frouxos que vi na saída do cinema juntamente com rostos deslumbrados são o exato termômetro que indica que o preço do ingresso promoveu uma excelente relação custo-benefício.


Os diretores Joe e Anthony Russo conduzem o filme como Maestros experientes regendo músicos experientes (Chris Evans, Robert Downey Jr, Scarlett Johansson, Chris Hemsworh, Mark Ruffalo e demais vingadores retornando confortavelmente a seus papéis). Já que fiz uma metáfora com músicos: a Trilha do Filme (Alan Silvestri) é para colocar na coleção e os efeitos são de nos fazer esquecer que são efeitos. A ação cresce exponencialmente e a trama cheia de pequenas sacadas geniais possivelmente vai colocar este filme na lista TOP 10 de muitos fãs. Aliás, nada no filme é por acaso e certamente é daqueles que se vê várias vezes para “pegar melhor os detalhes”.

Se você não gosta de filmes de ação, de uniformes coloridos, pessoas voando, batalhas épicas, boas pitadas de humor, sensibilidade e emoção, então não precisa ver Vingadores ULTIMATO. Mas se você curte pelo menos três dos itens mencionados acima abra espaço na agenda e veja o quanto antes e neutralize o ataque dos babacas-de-spoiler.

Comente aí o que achou desta Resenha sem Spoilers e diga aí qual seu Vingador Favorito. Obrigado pela visita e aproveite pra dar uma fuçada no nosso blog que tem um monte de coisa divertida por aqui.




terça-feira, 9 de abril de 2019

Liga da Justiça vs O Quinteto Fatal !














O produtor Sam Liu (O Retorno do Superman, Batman: 1889) dirige Liga da Justiça vs O Quinteto Fatal a partir de roteiro de Eric Carrasco, Jim Krieg e Alan Burnett, com produção executiva de Sam Register e Bruce Timm (Liga da Justiça / Liga da Justiça Ilimitada, Batman: A Série Animada).
Amparada em personagens tradicionais e um enredo envolvente, a história coloca a Liga da Justiça numa corrida para impedir que o Quinteto Fatal desencadeie o fim do universo. Enfim, uma terça-feira na vida de Batman, Superman e Mulher Maravilha...  Em suma, Liga da Justiça vs O Quinteto Fatal é uma excelente oportunidade para ver e rever a saudosa versão animada dos justiceiros após mais de uma década. A aventura nos (re)conecta emocionalmente com os personagens clássicos de uma maneira diferente, graças à dinâmica com os novos membros da Liga, gerando empatia imediata para acompanhar uma aventura decisiva e contundente.




Liga da Justiça vs. O Quinteto Fatal realmente acontece na continuidade do Universo DC Animated (DCAU), e se passa algum tempo após o final da série da Liga da Justiça Sem Limites, embora o período exato não seja determinado. O filme oferece uma boa dose de nostalgia, como quando recorre ao tema musical da animação do Superman e da própria Liga da Justiça Sem Limites em momentos de ação.




















Entre as novidades temos a Lanterna Verde Jessica Cruz e o futurista membro da Legião dos Super-Heróis, Star Boy, que tem papéis fundamentais na história, somados à Trindade da DC e ao Sr.Incrível. Miss Marte (sobrinha do nosso marciano favorito – desculpem, não resisti), atua como apoio predominantemente ao lado do Batman, numa dinâmica similar a que ele tem com Robin. Cruz é marcada por um trauma severo e Star Boy tem uma mente instável que o torna quase inapropriado para a missão… Mas heroicamente ele luta para tentar ser coerente. Os momentos com tais personagens são extremamente reais, convincentes em suas dores e angústias. E a ameaça representada pelo Quinteto Fatal se torna cada vez mais urgente à medida que observamos Cruz e Star Boy enfrentarem um desafio que eles não estão legitimamente preparados. Isso tudo adiciona uma camada importante a trama. Quanto aos vilões, sua motivação é bastante palpável. Não só temos antagonistas movidos por um objetivo real, mas os riscos também estão lá para eles, que vão enfrentar a lendária Liga da Justiça.




















Existem tantos elementos familiares em Liga da Justiça vs. O Quinteto Fatal que fazem com que o filme seja como um bom episódio nunca produzido de Liga da Justiça Sem Limites. Não obstante, podemos supor que o resultado é um produto feito de fã para fã. Roteiro e direção da Liga da Justiça vs O Quinteto Fatal são harmônicos, Sam Liu definitivamente desempenha seu papel com excelência. Com sorte, este não será o último filme ambientado na linha DCAU, pois sua sensibilidade para a releitura de questões clássicas misturadas a temas modernos sempre será bem vinda.























Os dubladores Kevin Conroy, George Newbern e Susan Eisenberg retornam aos seus papéis como Batman, Superman e Mulher Maravilha e, sinceramente, foi como se não tivessem passado um dia sem dar voz aos personagens que tanto amamos. Conroy soa tão bem como sempre como o Cavaleiro das Trevas, alternando sem esforço entre a faceta sinistra e o sarcamos do personagem. Newbern mantém o aspecto acolhedor e paterno do Superman, aparecendo como uma figura de autoridade forte, mas zelosa. Susan Eisenberg? Ela é a Mulher Maravilha! Sua interpretação é quase indescritível, vai da compaixão ao lado guerreiro da personagem. Diane Guerrero (a Crazy Jane da Patrulha do Destino) dá vida a Jéssica Cruz de uma maneira muito real. Você pode sentir o tremor e a dúvida na voz de Cruz enquanto ela vacila em suas convicções... É absolutamente fascinante. Quando Cruz recita o juramento da Lanterna Verde? Em síntese, podemos afirmar que a dublagem como um todo foi impecável!





















A animação da Liga da Justiça vs O Quinteto Fatal, é bastante sólida, mas em alguns momentos aqui e ali a qualidade estranhamente cai… Movimentos de personagens ficam duros ou completamente rígidos, por exemplo, mas no geral é bastante raro e não chega a causar uma distração. Há também um salto de tempo que surge de maneira abrupta no roteiro e acaba fazendo involuntariamente com que Batman perca uma pista importante sobre a identidade de Star Boy quando os personagens se encontram pela primeira vez… Também teria sido bom dedicar um pouco mais de tempo à história de Jéssica Cruz e Star Boy, mas o que temos ainda é suficiente para nos identificarmos com suas respectivas dificuldades – o que acontece pouco em relação a Miss Marte. Apesar de quaisquer falhas menores, o filme é uma ótima aventura. A história e as escolhas são arrojadas, pois colocam uma personagem como Jessica Cruz no centro das atenções, oferecendo uma perspectiva nova e única neste mundo tão familiar.

Liga da Justiça vs O Quinteto Fatal nos lembra porque amamos os personagens clássicos da DC Comics e também mostra que ainda há muito a ser explorado. O roteiro traz novos rostos e ideias interessantes, é revigorante pensar que novas aventuras podem ser contadas no DCAU caso esta seja, de fato, a opção da Warner Bros. Home Entertainment. Para os fãs de longa data, este filme é, sem hesitação, uma interessante perspectiva sobre a experiência de super-heróis clássicos diante das novas gerações. Dito isto, Liga da Justiça vs O Quinteto Fatal é apenas um excelente retorno que vai deixar os fãs ansiosos por muito mais!

Liga da Justiça vs O Quinteto Fatal
Estúdio: Warner Bros. Animation
Data de lançamento: 30 de março de 2019











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