quinta-feira, 31 de maio de 2018
Quadrinhos (post 01)
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terça-feira, 22 de maio de 2018
Os Senhores de Ur — Prefácio por Marcos Moretti
Senhores de Ur é uma obra do genêro 'Sword and Planet' que segue a tradição de ação, aventura e sci-fi inspirada por ícones como Edgar Rice Burroughs e Robert E. Howard. O autor é o jornalista e pesquisador Ricardo Quartim, apresentador do videocast Drops Ricardo Quartim e colaborador da revista Mundo dos Super-Heróis, uma das mis importantes publicações brasileiras sobre cultura pop, quadrinhos e cinema. O livro teve o prefácio divulgado em junho de 2016 e foi escrito pelo também jornalista e escritor Marco Moretti, finalista do prêmio Jaboti (2012).
PREFÁCIO
por Marco Moretti
"Um fato que a maioria dos estudiosos prefere ignorar é que a grande literatura (aquela com “L” maiúsculo, de Balzac, Joyce e Hemingway) começou com os relatos de viagens extraordinárias.
“A Epopeia de Gilgamesh”, escrita há milhares de anos na antiga Suméria e considerada a primeira narrativa de ficção da humanidade, nada mais é do que uma empolgante aventura povoada de fantasia, seres mitológicos e superpoderosos, monstros terríveis, acontecimentos que desafiam toda a lógica.
Assim como Gilgamesh, “A Odisseia”, de Homero, a própria Bíblia, as canções medievais em torno das peripécias dos Cavaleiros da Távola Redonda e do Rei Arthur, os contos das “Mil e uma noites”, “A Divina Comédia” de Dante e tantas outras obras clássicas encantaram os nossos antepassados não pelo que tinham de banal e cotidiano, mas justamente pelo apelo ao inusitado, ao fabuloso, ao tenebroso. As histórias de super-heróis, os blockbusters do cinema, os videogames e as séries de TV de fantasia estilo “Game of Thrones” continuam a beber dessa fonte aparentemente inesgotável de inspiração. É a essa linhagem das grandes aventuras fantásticas que pertence “Os Senhores de Ur”, do meu amigo Ricardo Quartim."
MAIS:
Nas Perigosas Trilhas de UR (Matéria no Laboratório Espacial)
Senhores de UR - O Início (Red Dragon Publisher)
Os Senhores de Ur (Pré-venda)
terça-feira, 15 de maio de 2018
Pensando Quadrinhos: Ir além
Fazer Arte é mais do que seguir padrões técnicos e objetivos, fazer arte requer pensar os significados, o mundo e o homem em seus múltiplos contextos. Daí a origem da reflexão que segue. O artista precisa de uma Arte que o leve além, assim como o Sistema Educacional precisa de Professores que estejam dispostos a ir além da Teoria, investigar a própria Teoria, discutir a Teoria, DESAFIAR a Teoria.
Ainda há muitos Professores que respondem as perguntas dos estudantes com frases do tipo:
—É assim que as coisas são!
—Você tem que aprender isso! Se não aprender, DECORE!
—Não importa pra quê serve isso! O importante é passar na prova!
—Não interessa como isso vai afetar sua vida. Aprenda a resolver o problema e tire a nota que precisa! Tirar a nota certa é o que importa pra sua vida!
No entanto há professores que respondem até as mais complexas perguntas com uma verdade mais profunda, com uma honestidade desafiadora. Instigando os estudantes a procurar respostas, pensar sobre as respostas, refletir sobre os conteúdos. E, curiosamente, esses são os Professores que as Universidades parecem não querer! O que as Instituições procuram é o Professor dócil que responda a tudo com um "Sim, senhor" tímido e em voz baixa. Instigar, estimular uma turma inteira a buscar soluções, estimular as perguntas, questionamentos ajudar os alunos a desenvolverem autonomia dá trabalho e talvez a remuneração não valha o esforço, mas será que as pessoas não valem?
O próprio termo "Ensinar" precisa ser repensado e, pelo menos na cabeça do Professor precisa ser ressignificado para: Estimular, Instigar, Provocar. Aprender pressupõe abandonar um estado de ânimo mental estático e mudar de frequência para um estado de ânimo alerta. Significa puxar as pessoas para fora do "sim, senhor" e colocar a sua disposição o "porque isso?". Vivendo em uma sociedade onde Vestibulares e Concursos são vistos como o patamar superior da evolução humana para ter três refeições e pagar aluguel, essa "ousadia" parece inadequada, equivocada ou mesmo ofensiva. Mas ofensa maior é ter um Sistema Educacional que tolhe o senso crítico e Universidades cujo conhecimento "Universal" se limita a reproduzir pensamentos, copiar práticas e imitar posturas que não possuem significado para a vida prática, para a vida real. A Interdisciplinaridade é um estímulo à criatividade, um estímulo a conexões neurais que podem resultar em novas soluções para problemas antigos e novos. Por isso é tão importante lutar contra o preconceito, por isso é tão importante desenvolver outros olhares, desenvolver outras reflexões, fazer outras interpretações. Por isso é tão importante que (já que as Instituições não o fazem) os Professores transformem o Mundo em sua sala de aula. Existem relações muito próximas entre Física e Música, Desenho Artístico e Matemática... Todo o conhecimento possui conexões. Se a compartimentabilização deste conhecimento ajuda a estruturar uma base de organização porque ignorar essa inter relação durante o aprendizado?
Um dos meus Professores favoritos me disse uma vez: "Qualquer coisa que você aprenda melhora todas as outras coisas que você faz". Dar aulas e explicar procedimentos técnicos (em desenho ou qualquer área do conhecimento) não é uma tarefa simples, mas fica "engessada" se for limitada a repetir sempre os mesmos padrões. Torna-se algo mecânico, frio, perde facilmente a alma e com isso perde o propósito. Torna-se um processo de lobotomia. Esse tipo de ensino adestrador é ótimo para concursos e vestibulares. Mas o que ajuda um ser humano a caminhar na direção de sua plenitude é retirar-lhe os antolhos (aquela viseira que faz o animal olhar apenas em uma direção). Muitos de meus amigos de faculdade acabaram tornando-se também Professores e uma das minhas grandes alegrias é ver o quanto eles conseguem ir além dos programas das Instituições. O quão eles conseguem ser instigadores levando adiante uma pequena tradição qua aprendemos com nossos próprios Professores Instigadores. Quem sabe deste modo —mesmo aos poucos — não seja possível remover as viseiras que impedem o próprio sistema de funcionar de modo pleno à serviço do homem e não a serviço de sua escravização.
Seguem algumas dicas de filmes cujo tema tem sintonia com o desta coluna. Fique à vontade para expandir a lista de recomendações dos comentários:
Sociedade dos Poetas Mortos (1989) Dir: Peter Weir
Sorriso de Monalisa (2003) Dir: Mike Newell
Coach Carter - Treino para a vida (2005) Dir: Thomas Carter
PENSANDO QUADRINHOS:
—Lápis, Borracha, Papel e uma Ideia
—Curiosidades sobre as primeiras tiras
—Editor e Juiz de Futebol:ofícios e alvos
—O Bom, o mau e o "muito bonito, hein"?
domingo, 13 de maio de 2018
Válvula de Escape - História em Quadrinhos - Ler Online
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Boa leitura:
Válvula de Escape:
Por Diêgo Silveira.
terça-feira, 8 de maio de 2018
DICAS de PRODUÇÃO!
O Laboratório Espacial é um espaço para compartilhar informações e experiências bem como testar e descobrir coisas novas sobre quadrinhos, series e afins. Nesta postagem vamos listar algumas dicas úteis para pensar e produzir Quadrinhos. Parabéns, você está no Laboratório Espacial!
-Pensando Quadrinhos: Ótimos Filmes Ruins
-Pensando Quadrinhos: Ir Além!
-Pensando Quadrinhos: O Bom, o Mau e o "Bonito, hein?!"
-Pensando Quadrinhos: Editor e Juiz de Futebol: Ofícios e Alvos
Abaixo
estão listadas algumas obras em versão digital que podem ajudar você do
desenvolvimento do seu traço ou no desenvolvimento de sua capacidade
narrativa. Torça para o link estar ativo:
Drawing Head and Hands - Andrew Loomis: link 01 - link 02
Narrativas Gráficas, Will Eisner: Link 01, Link 02
Narrativas Gráficas, Will Eisner: Link 01, Link 02
sábado, 5 de maio de 2018
Cobra Kai: o Universo de Karate Kid está de volta!
Em uma série produzida direto pra web, Ralph Macchio e William Zakba retomam seus personagens: Daniel Larusso e Johnny Lawrence. Três décadas após os eventos vistos no megahit oitentista The Karate Kid, a história continua.
O karateka desajeitado, mas obstinado, Daniel San torna-se um empresário bem sucedido enquanto seu antigo oponente o valentão metido a gostosão Johnny Lawrence toma uma corsa da vida tornando-se um alcoólatra sem perspectivas. John Hurwitz, Hayden Schlossberg e Josh Heald são os responsáveis pela criação e produção que mostra um Daniel Larusso financeiramente muito bem sucedido, mas com as mesmas falhas de percepção que tinha na juventude. Sem a sabedoria do Mestre Myiagi para guiá-lo Daniel San precisará cometer muitos erros ainda antes de tornar-se o sucessor que seu Mestre merecia. Mas, afinal de contas, a diferença entre o Mestre e o Aprendiz é que o Mestre já falhou mais vezes que todas as tentativas do aprendiz.
Johnny Lawrence é o foco inicial da trama de Cobra Kai. Após ajudar um garoto que estava sendo massacrado por encrenqueiros, remetendo a uma cena do clássico de 1984, Johnny percebe que a única coisa que pode reordenar sua vida é o Karatê. Com isso resolve reativar o Dojo Cobra Kai, e uma série de contratempos o colocará em curso de colisão com Daniel Larusso.
Os dois primeiros episódios estão disponíveis no You Tube e a série completa pode ser vista ao custo de R$ 3,90 por episódio.
Apostando no saudosismo da gurizada que viu Karate Kid na seção da tarde, os produtores dão continuidade à trama fazendo os personagens crescerem, mas conseguem manter a simplicidade narrativa da obra original. Quem conhece Daniel Larusso sabe que ele é capaz de grandes equívocos mas também capaz de promover boas revira-voltas. Deste modo o antigo Karate Kid é mostrado como um homem bem-sucedido, mas cuja trajetória acaba nublando sua visão do todo — a ausência do seu velho Mestre de fato é um elemento que pesa nessa balança. Resta confiar que a raiz do bonsai seja realmente mais forte e consiga brotar nesse novo cenário.
Novo cenário! Sim. Johnny Lawrence não era de todo mal, afinal o aluno é espelho do Mestre. E não existem maus alunos apenas Mestres Ruins. E Johnny Lawrence acaba se mostrando um Bom Mestre, apesar de manter o lema do Dojo Cobra Kai: "Ataque primeiro, Ataque Pesado e Não tenha Piedade!". A Grande sacada —que também remete ao clássico— é que Johnny torna-se o Mestre dos Nerds que sofrem bulling e toma como missão dar-lhes ferramentas para não serem mais humilhados ou mal-tratados: nem na escola, nem na vida. Colocar em choque este amadurecido Johnny Lawrence com seu pesadêlo do passado (Daniel Larusso) torna a série imprescindível para os antigos fãs de Karate Kid, que agora são papais e mamães ou vovôs e vovós. Quanto a uma possível nova audiência... O hype em cima do tema tornou-se tão grande que a gurizada vai correr pra baixar os filmes e saber do que se trata, mas mesmo que não façam terão em Cobra Kai um bom programa para acompanhar... E mesmo que este novo público não apareça a série já está muito bem na fita com o público mais maduro e seu caráter de revival. Agora pra fechar: fica o anseio de uma participação futura da bela Elisabeth Shoe —um dos motivos do entrevero entre Lawrence e Larusso.
LINKS:
Cobra Kai no Youtube
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