sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Octávio Cariello através dos PORTAIS !


Existem quadrinhos para crianças... este não é este o caso de PORTAIS. Explorando ação, relações humanas (ou extra-humanas) e conspirações num nível de complexidade direcionado a uma percepção mais madura, o álbum escrito por Octávio Cariello e ilustrado por Pietro Antognioni promove uma jornada de aventura e ficção, que vai além da aventura e além da ficção.

O Laboratório Espacial tão imerso em questões ligadas a ficção científica não poderia deixar de investigar um pouco mais sobre os PORTAIS e para isso conversamos com Otávio Cariello numa entrevista exclusiva cujo conteúdo revelamos agora:

JJ MARREIRO: Quando foi seu primeiro contato com o gênero ficção-científica?

OCTÁVIO CARIELLO: Muito tempo atrás, através dos contos de Ray Bradbury. Depois vieram Arthur Clarke, Isaac Asimov, Robert Heinlein, Ursula K Leguin. Os Quadrinhos de Clarence Gray e Alex Raymond (Brick Bradford e Flash Gordon) também eram parte de meus favoritos. Quando li Frank Herbert, me apaixonei pela ideia de mundos ficionais e aí descambei pra Edgar Rice Burroughs, Jules Verne e Michael Moorcock. Orwell me ensinou que com histórias aparentemente ingênuas pode-se discutir questões políticas e sociais sem ser chato. As revistas Kripta, Heavy Metal e 1984 completaram o cardápio, onde conheci os trabalhos de Caza, Moebius, Bilal, Alex Niño, Berni Wrightson e o mestre Alex Toth.



Existem autores que mesclam filosofia, política e outras temáticas à ficção-científica. Como você enxerga essa gama de potenciais dentro do gênero?

A questão de gênero é muito complicada de ser discutida hoje em dia; é bem mais ampla do que sua contraparte narrativa. Os estudos de cultura mais recentes, tendo como base o pós-colonialismo e as ideias de alteridade, tem apontado para o "in-between", um espaço de realidade em que se pode ser muitas coisas ao mesmo tempo, mesmo coisas contraditórias; acho que essa ideia de "entre-lugares" surge como a melhor tradução do nosso tempo. as questões narrativas, portanto, estão permeadas de uma multiplicidade de possibilidades que expandem seus limites de gênero. Mais do que nunca, podemos trabalhar temas bastante díspares em qualquer gênero mais tradicional.

Como surgiu a idéia de “Portais” e a parceria com o Pedro Antognioni?

Portais é um projeto muito velho que comecei a escrever décadas atrás. Tive tempo de lapidar alguns conceitos, expandir outros, cortar muitos. Pietro foi meu aluno e desde então temos desenvolvido uma parceria bacana. Ele está mudando algumas coisas do projeto original, como todo trabalho em dupla deveria acontecer; sua colaboração ao projeto não é apenas de dar cara ao texto que escrevi, mas de reinventá-lo. Portais é, sem dúvida, um trabalho de equipe em que o resultado tem sido bem mais consistente do que apenas o processo de um artista desenhando o roteiro de outro.



Você acha que o financiamento por crowdfunding colabora com o desenvolvimento de um pensamento editorial nos autores?

Com certeza. A participação maciça do público apoiando projetos pessoais tem demonstrado que existe uma lacuna impossível de ser preeenchida pelo esquema editorial vigente. Os autores veem-se ás voltas com questões práticas de gerenciamento do projeto e da divulgação de suas obras, uma participação direta em etapas antes exclusivamente efetuadas por não-artistas (edição, impressão e distribuição). Muita gente tem experienciado o que os fanzineiros tem feito há muito tempo. 

O título “Portais” é bastante sugestivo. Dá pra fazer uma explanação (sem muitas revelações obviamente) do conceito geral da história?
Num reino futuro, o tempo da retomada, profetizada por um livro em poder de felinos
antropomórficos, parece ter chegado. O príncipe cujo trono foi roubado está votlando e os esperados, cinco pessoas teleportadas de tempos e dimensões diferentes, do passado, chegaram. A guerra iminente vai acontecer sob a batuta de um homem preso num loop temporal. A questão mais séria na história é: se você pudesse, mudaria seu destino? Enquanto o leitor tenta julgar os participantes da aventura, ele é jogado numa realidade simultaneamente estranha e familiar, envolvendo-se numa trama que, se o projeto for bem sucedido, poderá se desdobrar em algumas outras histórias, alguns outros álbuns, algumas outras narrativas.

Octávio obrigadão pelo papo e pela paciencia :) Boa sorte e vamos torcer pro pessoal colaborar!  Ei! Que tal uma visita a Fortaleza?

Vc sempre generoso!...Ir pra fortaleza? Topo sempre! Arranjaí que eu vou, sim!

PORTAIS NO CATARSE




http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2014/08/beto-foguete-e-os-patrulheiros-do.html

sábado, 31 de agosto de 2013

quinta-feira, 4 de julho de 2013

QUEM É O SUPERMAN?




As notícias de um homem-voador cingindo o céu da cidade de Metrópolis rapidamente se espalharam pelo mundo. Não bastasse o espanto de vê-lo voar sem jatos ou equipamentos especiais, a população de Metrópolis passou a vivenciar resgates e salvamentos inimagináveis. Assaltos e outros crimes (de diversas proporções) também passaram a ser impedidos. Em alguns casos apenas um borrão azul e vermelho é visto pelas testemunhas, noutros, alguns segundos de conversa são usados para tranquilizar os nervos abalados das vítimas resgatadas.


Mas quem é ele, de onde veio? Como é capaz desses feitos maravilhosos? Força sobre-humana, pele à prova de balas, velocidade e resistência não parecem ser seus únicos poderes e seus feitos não param de nos surpreender. Alguns são capazes de teorizar que ele já estava entre nós e só agora resolveu revelar-se. Outros afirmam que ele pode ter recebido os poderes devido a alguma espécie de acidente radioativo.


Até aqui a postura de bom moço do Superman parece ser um incômodo aos céticos de plantão que aguardam a qualquer momento uma revelação bombástica que possa colocar toda a humanidade em risco. E enquanto opiniões se dividem ainda há aqueles, que como crianças, apenas se contentam em manter-se maravilhados ao olhar para as altas torres de Metrópoles e afirmar: “Ele voa!”


http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2016/04/porque-o-superman-e-tao-legal-por.html


http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2016/03/porque-o-batman-e-tao-legal-por-dennis.html

http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2016/03/batman-vs-superman-ame-ou-odeie-por-jj.html







Fora de Órbita - Primeira Temporada

O Videocast Fora de Órbita, apresentado pelo Fernando Lima e pelo JJ Marreiro, integra alguns dos vários experimentos realizados no Laboratório Espacial. A primeira temporada teve oito episódios em 2012 e enquanto a segunda entra em fase de pré-produção, vamos relembrar aqui os melhores (e piores) momentos disponibilizando a lista de episódios. Como se trata de um experimento algumas coisas foram melhorando com o tempo, outras não:) O importante é que um videocast precisa de motivos para ser um videocast. Um bando de gente conversando pode ser resolvido muito bem num podcast (onde se tem só o áudio), um videocast precisa de algo mais, por isso tem tanta confusão em cada episódio do Fora de Órbita :) Duvida? Vê nos episódios.



Episódio 08: O Episódio Politicamente (in)Correto

Episódio 07: O Episódio da Cerveja Romulana
Episódio 06: O Episódio Desgraçadamente Desastroso
Episódio 05: O Episódio em que eles falaram numa Convenção
Episódio 04: O Episódio Pró-Alien
Episódio 03: O Episódio em que eles falaram de Clones
Episódio 02: O Episódio em que eles falaram de Reboots
Episódio 01: O Episódio em que eles falaram de Heróis Espaciais

terça-feira, 14 de maio de 2013

Como fazer para Trabalhar com Quadrinhos? Parte 2




Quanto dinheiro ganha um profissional do desenho? Assim como na Arquitetura, Medicina, Direito ou qualquer outra profissão os valores variam. Esta é uma pergunta comum em convenções e eventos. Dinheiro é importante, mas não deveria ser o fator mais importante de uma vida, ele é um meio e não um fim.

Perguntar aos artistas o valor de suas páginas ou quanto ganham por mês é - pra começo de conversa – no mínimo deselegante. Salário é assunto que compete apenas a quem paga e quem recebe. Não estou dizendo para fugir do assunto financeiro, mas é preciso saber com quem conversar e em que momento. Se seu portfólio for adequado às necessidades de mercado, um agente, ao avaliá-lo e perceber seu potencial, pode falar com você em termos de valores.
Você quer ser profissional: Aja como tal. Cuide de seu trabalho, cuide de seus clientes (as pessoas pra quem você presta serviço), respeite seus leitores, trate bem as pessoas, quer seja o faxineiro quer seja o editor-chefe. Mantenha hábitos de higiene nas suas páginas e em si. Embora a mídia underground explore o contrário, ninguém gosta de gente suja ou fedendo. Mantenha uma pasta apresentável para seu trabalho. Sua apresentação é uma questão de higiene, mas também de profissionalismo. Cuide de sua imagem. Quadrinhos implicam eventualmente em contatos com o público. Todas aquelas suas fotos desenhando sem camisa, ou de camiseta regata e chinelo de dedo na internet fazem você parecer um “trabalhador escravo” e não um autor de quadrinhos. Você não é o Tarzan, então não ajude os gringos a pensar que os brasileiros vivem em casas nas árvores e se locomovem por meio de cipós. Se você quer ser um artista, precisa se portar como tal. Que imagem você quer que os leitores tenham de você? Como são as fotos que você já viu de artistas como Alex Raymond, Will Eisner, Maurício de Sousa ou Ziraldo? Que imagem você faz desses autores?


Cerque-se de pessoas que possam te ajudar a caminhar. Para isto é que existem os agentes, eles são responsáveis por posicionar seu trabalho no mercado editorial. Além disso, um bom agente vai planejar sua carreira com você, discutir que títulos deve pegar, que projetos podem ser interessantes para sua carreira. Muitas vezes um título pequeno e desconhecido é melhor que um muito famoso. A pressão é menor e a liberdade de experimentação é maior. Se seu foco é o mercado brasileiro será importante travar contato com diversos editores e apresentar-se a eles. No Brasil os jornalistas especializados e os designers gráficos podem sugerir ao editor usar seu traço por ser adequado a esta ou aquela situação. Quanto mais gente do mercado editorial você conhecer, melhor será para seu trabalho. É fato que existem pessoas difíceis de lidar, mas lembre-se todo mundo quer trabalhar com o pessoal mais boa-praça.

Como Trabalhar com Quadrinhos: Introdução
Como Trabalhar com Quadrinhos Parte 1
Quadrinho e desenho: Qualquer um pode aprender?

10 mentiras pra enrolar Ilustradores inexperientes
Thais Linhares: Nós, ilustradores, somos autores.
Thais Linhares: Como o ilustrador pode cobrar pelo seu trabalho?


terça-feira, 30 de abril de 2013

Grafipar: Histórias e Memórias


Embora as maiores editoras do país estejam em São Paulo capital, foi Curitiba (PR) que gerou uma das mais apaixonantes e envolventes histórias dos bastidores da produção nacional de histórias em quadrinhos. Em pleno período da Ditadura Militar, em meio a repressão, perseguições políticas e enaltecimento de falsos moralismos, uma editora de quadrinhos tomou de assalto a atenção do mercado editorial com quadrinhos. Júlio Shimamoto, Flávio Colin, Franco de Rosa, Mozart Couto, Watson e Wilde Portela, Itamar, Gustavo Machado, Rodval Matias, Vilachã e Sebastião Seabra foram alguns artistas que colaboraram com a editora produzindo um material que hoje é indubitavelmente clássico.

Os temas de tom erótico lideravam as vendas, mas havia espaço para terror, ficção, aventura e humor. Alguns dos melhores desenhistas contratados pela editora foram convidados a morar em Curitiba e acabaram morando muito próximos uns dos outros dando origem à histórica Vila dos Quadrinistas. Chefiados por Cláudio Seto (o pioneiro do mangá no Brasil) a equipe criativa da Grafipar produziu páginas memoráveis e viveu histórias inesquecíveis. Agora este pedaço da História da Arte Sequencial brasileira está devidamente registrada num livro que resultou de uma pesquisa de 20 anos realizada pelo roteirista Gian Danton.

O livro, cujo texto é imersivo e quase hipnótico, apresenta fotos, capas e páginas de quadrinhos, histórias, lendas, depoimentos e entrevistas com os artistas que viveram intensamente este período de ebulição criativa do quadrinho brasileiro. Pesquisadores, fãs de quadrinhos, curiosos e artistas terão muito o que explorar nas páginas desta edição. A memória da editora Grafipar e seus heróicos artistas agora está devidamente registrada com o devido reconhecimento ao mérito de cada herói desta saga dos quadrinhos brasileiros.

Ficou curioso? Quer saber mais? Siga o rastro:
Idéias de Jeca-Tatu: Blog do roteirista Gian Danton com informações sobre como adquirir o livro.
Tesouros da Grafipar: Site do evento que reuniu os artistas da Grafipar 30 anos depois do seu auge.
Baú da Grafipar: Entrevistas, matérias e depoimentos sobre o material produzido pela editora Grafipar, seus artistas e o cenário do quadrinho nacional num dos mais prósperos períodos da HQ Brasileira.
Projeto Grafipar: Quadrinhos para download

terça-feira, 23 de abril de 2013

UFOs & HQs


Autores de quadrinhos vez por outra visitam, com sua criatividade, mundos alienígenas, raças e naves, propondo acontecimentos fantásticos ou realistas. O fato é que os discos voadores e temas afins sempre forneceram terreno fértil para os quadrinhos.

Super-homem, o personagem que deu nome ao gênero super-herói, chegou na terra em uma nave alienígena. Em “Um Sinal do espaço” Will Eisner também explora o tema, recheando-o de intrigas políticas e neuroses urbanas. Gian Danton, cria na revista Manticore, uma saga conspiratória envolvendo ETs e o governo repleta de suspense. Cada autor retira do tema o que mais lhe interessa investigar naquele momento. Deste modo podemos ter os UFOs em histórias de aventura, terror, investigação, humor e daí por diante.

Enquanto a ciência humana não exibe publicamente provas materiais da existência de civilizações extraterrenas, o famoso físico Stephen Hawking declara: "A vida biológica seguramente existe em muitas partes do Universo. Além da superfície planetária, poderia se encontrar nos núcleos de estrelas e nos espaços cósmicos em forma de nuvens de micro-organismos". E vai além, mencionando em sua fala algo que certos autores já exploraram nos quadrinhos: “Precisamos apenas olhar para nós mesmos para ver como a vida inteligente pode transformar-se em algo com o que não gostariamos de encontrar. Fico imaginando seres extraterrestres que vivem em enormes naves espaciais que, após esgotar os recursos naturais de seu planeta, perambulam pelo Universo em busca de outro lugar para fazer o mesmo”.

É fato que olhar para a civilização humana como parâmetro não sugere lá muito otimismo, para além disto o cosmólogo e atrofísico Martin Rees sugere que a distinção entre “nós” e “eles” seja tanta que a raça humana talvez não consiga estabelecer parâmetros de compreensão: "Eu suspeito que poderia haver vida extraterrestre lá fora em formas que não poderíamos conceber.  Bem como um chimpanzé não poderia compreender a teoria quântica, isso poderia estar lá como aspectos de realidade que estão além da capacidade de nossos cérebros"

UFO: Unindentified Flying Object também conhecidos como OVNI Objeto Voador Não Identificado ou Flying Saucers (Discos Voadores)
ETs: Extra Terrestres
EBE: Extraterrestrial Biologic Entities


Mais:
Stephen Hawking: "Há vida extraterrestre, mas devemos ignorá-la"

O Mito do Alienígena Mal Intencionado

Lord Martin Rees: Ets além da compreensão Humana.

À procura de OVNIs - National Geographic TV

Idéias de Jeca Tatu - Blog do roteirista Gian Danton

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Como fazer para trabalhar com Quadrinhos? Parte 1




Assim como o ramo desenho favorece muitas possibilidades de atuação, os quadrinhos também. Editor, diagramador, desenhista, roteirista, colorista, letrista são alguns desses campos de atuação mais diretos. É possível trabalhar com quadrinhos em diversos segmentos indo da informática à comunicação social. Um bom número de pessoas, entretanto, ao optar por esta área, tende a se interessar por escrever e/ou desenhar.

No Brasil um elemento importante para o artista de quadrinhos é a versatilidade, ou seja, transitar entre o traço acadêmico e o cartum, o underground e o mangá, por exemplo. Essa característica ajuda a conseguir trabalhos de diferentes gêneros e estilos.

Jornais, revistas informativas, material didático, institucional ou publicitário, cursos e estamparia são algumas áreas de atuação. Lembrando que o bom quadrinista normalmente está apto a atuar como ilustrador, tirista, cartunista, chargista, e, em alguns casos, animador. Embora Angeli, Ziraldo, Maurício de Sousa e Ivan Reis sejam famosos, talvez por exercerem seu ofício com excelência, é bom lembrar que a grande maioria dos desenhistas (e alguns mesmo geniais) não são famosos.

Nenhum profissional se firma se não possuir domínio dos conhecimentos pertinentes a sua área de trabalho. Nenhum profissional se torna requisitado se não estiver disposto a aprender sempre mais e a se reciclar de vez em quando. Cursos, oficinas, palestras são sempre importantes. Independente de quanto tempo atue na área. Qualquer que seja a profissão de sua escolha: Você nunca vai parar de estudar e aprender. Deste modo faz sentido escolher uma área de atuação com a qual você tenha afinidade.
Um curso é mesmo útil? Sim e por vários motivos. Em um curso você vai desenvolver sua técnica seguindo os exercícios e seus prazos. Se o curso for bom, certamente haverá alguma pressão (coisa corriqueira nesse ramo). Você terá convívio com alunos (e profissionais) de diversos níveis interessados em outros temas e gêneros. Isso contribuirá para ampliar sua visão e seu repertório. E o curso, presencial ou online, tem ainda vantagens como metodologia de aprendizado, ordenação e compartimentabilização de conteúdos e momentos teóricos e momentos práticos. No entanto e importante lembrar que nenhum curso funciona de modo mágico e um aprendizado consistente requer empenho, dedicação e uma boa dose de autonomia e responsabilidade.

Aprenda a ouvir, ouça as críticas e retire delas o que for melhor para seu crescimento. Existem as críticas construtivas e as destrutivas (essas não servem para nada além de te por para baixo – ignore-as ou use-as para se motivar a virar o jogo). Uma boa crítica é aquela que aponta seu erro e o caminho para acertar. Quando algum profissional estiver avaliando seu trabalho fique mudo. Apenas ouça e avalie se está entendendo direito a mensagem. Lembre-se à partir do momento que encarar a arte como uma profissão muitas coisas chatas, desagradáveis e burocráticas surgirão no seu caminho, não é porque você gosta deste trabalho que ele vai deixar de ser um trabalho e assim sendo precisa ser encarado com seriedade e sobriedade.

Fique ligado no Laboratório Espacial, brevemente irão ao ar: Parte 2 e Parte 3.

LINKS:
Como fazer para trabalhar com Quadrinhos - texto introdutório
Como fazer para trabalhar com Quadrinhos - Parte 2
Quadrinho e desenho: Qualquer um pode aprender?
Para refletir sobre o trabalho
The Creation of Manga
How to become a comic book artist

terça-feira, 16 de abril de 2013

Personalidades inspirando Personagens



A vida inspira a arte e a arte inspira novas artes. Cinema e quadrinhos tem andado de mãos dadas não é de hoje. Nos anos 30 e 40 Flash Gordon, Batman, Super-Homem e tantos outros migraram das tiras e revistas para a tela grande. Do mesmo modo astros de personalidade forte acabaram inspirando criadores de quadrinhos na hora de dar vida a novos heróis.

Em 1928 o então ator-mirim Palle Huld ganhou um concurso para tornar-se, por meio de uma promoção do jornal, um jornalista adolescente. Inspirado nisto o belga Hergè deu vida às empolgantes aventuras de Tintin; No Brasil o personagem Amigo da Onça teria sido inspirado no compositor Lamartini Babo; Quando as artes marciais invadiram os cinemas nos anos 70 o personagem Shang Shi da Marvel Comics fazia às vezes do ator chinês Bruce Lee nos quadrinhos, enquanto o campeão de karatê Chuck Norris inspirava o desenho do personagem Punho de Ferro;

O escritor britânico Neil Gaiman ao imaginar a personificação do Sonho como um personagem humano misturou características dos astros de rock Robert Smith (The Cure) e David Bowie. Dizem que o ator americano Gary Cooper inspirou Gianluigi Bonelli na criação do personagem Tex Willer, bem como o Capitão John Cofee Hayes, um personagem real da história dos rangers norte-americanos.
Tony Stark, o playboy milionário que se tornou o Homem de Ferro, por exemplo, foi inspirado no galante ator Errol Flyn, famoso pelos filmes de ação e pela personalidade carismática. O personagem, cuja criação é atribuída a Stan Lee, passou por várias fases interessantes em suas histórias em quadrinhos - e até animações - entretanto, sem nunca chegando a ser exatamente a pedra preciosa da editora até o destino colocar Robert Downey Jr na pele de Tony Stark e finalmente trazer de volta ao personagem todo o charme e glamour de sua origem. 

Ao usar uma referencia palpável fica mais fácil para o desenhista perceber alguns elementos interiores do personagem e transmitir um pouco mais de substancia para a história. É como se isto tornasse mais perceptíveis as suas motivações, caráter e personalidade. E embora os personagens surjam originalmente com algumas características definidas são os fatos em suas histórias que os lapidam e nos fazem amá-los ou odiá-los.

Links:
Neil Gaiman.com
Saiba mais sobre Neil Gaiman no UHQ
Museo Hergè
Tintin por Tintin
Tex Br: Cap Jack, O verdadeiro Tex Willer

domingo, 14 de abril de 2013

The Walking Dead na Gibiteca - COMO FOI!


Os Zumbis começaram a se erguer de suas tumbas no horário informado no cartaz: 14h 30 min, embora antes disto a sala da gibiteca já estivesse exibindo episódios da série WD. Este foi o primeiro ponto positivo do evento. Feitas as devidas apresentações do Clube de Quadrinhos – nome dado ao projeto de parceria do Fórum de Quadrinhos do Ceará com a Secretaria de Cultura de Fortaleza, com uma fala introdutória de Diego José, JJ Marreiro e Nixon Araújo. Foram explanados os Cursos e atividades que compõem o projeto e dadas as boas vindas aos presentes.


Uma mini-palestra de Fernando Lima, com direito a perguntas do público – aliás a interatividade foi um ponto alto do encontro- e exposição de materiais e técnicas de maquiagem de efeitos especiais. Em seguida o pátio da Biblioteca recebeu as pessoas com a Banca do Brasil expondo quadrinhos nacionais e artistas fazendo caricaturas-zumbis (um pedido específico dos fãs). No auditório-aberto Fernando Lima mostrou na prática o uso dos materiais de maquiagem transformando vários fãs de Walking Dead em Zumbis. A presença de representantes do Quadrinhos em Questão, Avant Cast e a colaboração direta do Intersect News foi um vislumbre do que os eventos de cultura pop podem se tornar em um futuro próximo.

 
Jane Caetano transformou o que seria uma palestra num animado bate-papo com a contribuição inestimável do público. Houve tempo para tudo, para fazer contatos, conhecer pessoas, fazer amigos (zumbis ou não) e no final o sorteio dos livros de Walking Dead patrocinado pelo Laboratório Espacial fechou o dia com chave de ouro. O encerramento foi feito pela equipe de trabalho do FQCE juntamente com Nixon Araújo (Secretaria de Cultura de Fortaleza). Dizem por aí que 13 é um número de azar, mas esse 13 de abril foi um dia mágico que deu início à nova programação cultural da Gibiteca com o pé direito.

Links relacionados:



sábado, 13 de abril de 2013

Preview do Laboratório - Como fazer para trabalhar com Quadrinhos


"Como fazer para trabalhar com Quadrinhos?"... Esse questionamento é motivo de angústias diversas para jovens talentosos, pais preocupados, profissionais que almejam mudar de carreira etc. Ao longo de dois meses reuni opiniões de profissionais dos quadrinhos: editores, ilustradores, professores de arte e o fruto dessa investigação poderá ser visto em breve aqui no Laborátório Espacial. Numa matéria em três partes que não trará soluções milagrosas para suas angústias, mas certamente trará informações que vão ajudar a clarear o universo de sombras que às vezes permeia esse assunto.

Fique ligado no Laboratório Espacial que ainda tem muito mais novidade vindo por aí :)

ass. JJ Marreiro
Como fazer para trabalhar com Quadrinhos - Parte 1
Como fazer para trabalhar com Quadrinhos - Parte 2
Quadrinhos e Desenho: Qualquer um pode aprender?

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Laboratório Espacial patrocina ZUMBIS!


O Dia 13 de Abril de 2013, sábado, vai entrar para a história como o dia que os Zumbis Invadiram a Gibiteca de Fortaleza. O Fandom de Walking Dead possui o mérito de reunir fãs de quadrinhos e seriados em cima de um mesmo tema: Zumbis. A empolgante saga criada por Robert Kirkman dá o tema do evento que inicia a nova programação cultural da Gibiteca de Fortaleza (uma parceria do Fórum de Quadrinhos do Ceará com a Secretaria de Cultura de Fortaleza).

Na programação estão palestras, oficinas de maquiagem, caricatura ao vivo e a Banca do Brasil (um projeto do FQCE que busca valorizar a produção nacional). O sorteio terá patrocínio do Laboratório Espacial. Edições encadernadas da série estão no sorteio e, a cereja do bolo: um precioso exemplar do THE WALKING DEAD CHRONICLES (The official companion handbook), um compendium com curiosidades da produção dos quadrinhos e da série de tv. Se você está em Fortaleza não pode deixar de ir!

Flávio Colin em versão Digital para um Brasil mais Brasileiro!


Não é fácil encontrar a unanimidade, mas é possível se aproximar bastante dela. Flávio Colin foi um dos mais brasileiros autores de quadrinhos brasileiros, redundantemente brasileiro em todos os bons usos do conceito de brasilidade. Dono de um traço polêmico e – para alguns– agressivo, transformava os temas regionais numa área onde transitava com franco conforto. Norte, nordeste, sudeste, centro-oeste ou sul, em todos os recantos do país o nankin de Flávio Colin deixava sua marca trazendo força, personalidade e sensualidade aos mais diversos tipos. Os mais jovens não conheceram o quadrinho nacional durante seus momentos mais férteis (quando eram publicados para bancas dando vazão ao trabalho de muitos autores e títulos) por conseguinte não acompanharam os trabalhos de Colin nas revistas de investigação, terror ou mistério. Uma geração inteira, ou melhor, gerações inteiras corriam o risco de ficar sem conhecer a magnitude do trabalho de Colin não fosse a coleção digital lançada por Lancelott Martins.


O motivo principal deste lançamento está expresso no editorial da coleção: Preservação e Tributo! É claro que todos concordam que um trabalho tão significativo para as HQ brasileiras não deveria ficar esquecido e que mereceria render proventos para a família do autor. Num país com posturas culturais mais sólidas essas questões nem precisariam ser levantadas. Aqui já é uma vitória que o artista não seja esquecido. Mas, quem sabe? Talvez alguma editora tradicional abra os olhos para a importância deste tipo de material e se inspire em lançar uma versão capa dura com material semelhante.



O fato é que estamos diante de um trabalho de pesquisa hercúleo realizado pelo faneditor Lancelott Martins conhecido também como o maior catalogador de personagens em terras brasileiras. Até a edição 9 foram cerca de 1000 páginas escaneadas e tratadas mais diagramação de capas, chamadas e editoriais. Outros artistas mereceriam também este tipo de homenagem, esperamos que o exemplo de Lancelott seja seguido e mais coisa possa ser recuperada e resgatada do esquecimento para que possamos combater com fatos a máxima que diz ser o Brasil um país sem memória.
 
O HQ Quadrinhos apresenta também outras
publicações de material nacional e internacional,
catálogos de personagens além do histórico de centenas de personagens.
HQ Quadrinhos

ATUALIZAÇÃO (25/Abril/2019)
A Coletânea Flávio Colin foi retirada do ar
pelo Editor Lancelott Martins atendendo a
solicitações de familiares do artista. Deste modo removemos os links de todo este material.
O Laboratório Espacial torce para que novas
opções de resgate a memória e a arte do Mestre Flávio Colin sejam encontradas, o trabalho de um Gênio da Arte Sequencial não pode ser
perdido nas brumas da falta de memória da cultura brasileira.



terça-feira, 9 de abril de 2013

Zumbis Invadem Gibiteca de Fortaleza


 O Fórum de Quadrinhos do Ceará (FQCE) em parceria com a Secult- For, promoverá uma programação cultural a ser realizada no espaço da Gibiteca de Fortaleza (um anexo da Biblioteca Dolor Barreira). O evento inicia a nova programação da Gibiteca que trará também atividades e cursos voltados para os quadrinhos e universos afins como games, RPGs, jogos de mesa.


Para dar início aos eventos de 2013, o FQCE abre espaço para os Zumbis mais badalados do mundo pop. O evento "THE WALKING DEAD" será baseado na série de enorme sucesso, adaptação para a TV da série de quadrinhos do mesmo nome de autoria de Robert Kirkman. O evento contará com palestras do fã-clube The Walking Dead Br, oficina de maquiagem zumbi, prêmios e outras atrações. A Banca do Brasil terá quadrinhos nacionais e diversos autores estarão presentes para trocar idéias e participar das promoções inclusive fazendo caricaturas do público.

The Walking Dead na Gibiteca de Fortaleza
Sábado, 13 de abril. Na Gibiteca de Fortaleza (Biblioteca Dolor Barreira, Av. Universidade, 2572) 14:30.

WalkingdeadBR
FQCE
Secultfor

terça-feira, 5 de março de 2013

Quadrinho Brasileiro disponível no mundo digital


Quadrinhos genuinamente brasileiros (me refiro aqueles produzidos e editados no Brasil) são uma raridade, graças a algumas iniciativas corajosas isso tem mudado. O fato é que as bancas de revistas já possuíram títulos brasileiros de diversos gêneros sendo vendidos e distribuídos em pé de igualdade com os "enlatados". Quadrinhos de aventura, terror, eróticos, infantis, ficção científica davam voz e vez a escritores e desenhistas brasileiros produzindo em seu próprio traço, ao invés de seguir tendencia como ocorre com quem trabalha pro mercado norte-americano hoje em dia.



Encontrar os quadrinhos brasileiros dos anos 60 a 80 em sebos ainda é possível, entretanto, mesmo nessas casas especializadas os títulos brazucas estão cada vez mais raros. A internet entra em cena com soluções práticas e objetivas, pois alguns colecionadores disponibilizam seu material escaneado em sites e blogs. Embora existam diferentes linhas editoriais, conceitos e equipes de produção distintas, estes blogs prastam um serviço não apenas aos leitores que querem reler os clássicos de sua infancia, mas a novos leitores que não fazem idéia da dimensão que as revistas brasileiras tinham antigamente em termos de edição e distribuição.



Para conhecer algumas pérolas do quadrinho brazuca selecionamos alguns blogs onde que você pode pesquisar e descobrir porque tanta gente fala com respeito ao mencionar os quadrinhos brasileiros dos anos 60 a 80:


http://www.hqpoint.blogspot.com.br/
http://quadrinhosantigos.blogspot.com.br/
http://projetografipar.blogspot.com.br/
http://bancadosgibisbrazucas.blogspot.com.br/
http://portaldogibinostalgia.blogspot.com.br/
http://www.nostalgiadoterror.com/
http://hqquadrinhos.blogspot.com.br/