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domingo, 30 de abril de 2023

HIGH WAYS - Altas jornadas com John Byrne!

John Byrne é um MESTRE. Escreve E Desenha num nível (e num ritmo) além do normal. Me surpreende que não seja incensado como Allan Moore ou Frank Miller, talvez —gosto de usar o talvez porque abre portas para o incerto e nada mais incerto que nós seres humanos com nossos achismos— então, talvez, apenas talvez, Byrne não seja um dos queridinhos da crítica, e dos moderninhos, porque seu trabalho está nos fundamentos dos quadrinhos, e foi ali que ele deixou sua marca.

Byrne desenhou e escreveu os personagens mais importantes das Masters (Marvel, DC). Provavelmente apenas George Perez e Jack Kirby estejam no mesmo patamar em termos de quantidade de personagens e títulos que contem produções suas. Star Trek, Aliens, Espaço 1999, Buffy e Angel, Indiana Jones e mais algumas dezenas de outros títulos estão no currículo desse Gigante.

Em Operação High Ways, Byrne entrega “um filme”. Bem, eu pelo menos me senti vendo um filme de ficção científica, aliás, um filmaço! Acho que funcionaria muito bem com o John Boyega no papel principal, seria irado vê-lo retornar a Ficção Científica depois de Star Wars e Círculo de Fogo-A Revolta. E não custava colocar um cara como Jeremy Irons ou William Dafoe no elenco. Para o principal papel feminino Regina King já peitou um mundo à beira da destruição (Watchmen, HBO) e tiraria uma aventura espacial de letra.


O filme, ops!, o quadrinho que parece um filme, acompanha o inexperiente Eddie Walace (pra mim, John Boyega) tentando se adaptar ao novo emprego à bordo de um cargueiro espacial. O que esse cara não sabe é que o trabalho vai ficar bem complicado, misterioso e cheio de surpresas.

A obra, cujo roteiro é costurado com precisão milimétrica, tem vários elementos de ficção científica, ação e suspense. A Arte não foge ao alto padrão Byrne com alguns enquadramentos que lembram Moebius ao expandir os horiziontes dos cenários e, porque não dizer, dos personagens. A exemplo de Moebius, e Stanley Kubrick (sim aquele do 2001), Byrne em vários momentos coloca o homem em seu estado de insignificância diante da imensidão cósmica.

Essa resenha não é pra dar spoillers, está mais para “algo que li e gostaria de falar a respeito”...e mais: “algo que li e indicaria sem medo, pois se trata de Ficção Científica com aquele tratamento de ação que não deixa as coisas tediosas”. Eu até fiz um treco errado nesse texto comparando o álbum do Byrne a um filme. O fato é que o quadrinho se basta. Ele é excelente sem precisar virar filme. Principalmente se for como essas adaptações fulerages que se vê por aí. Se você não conhece o trabalho de Byrne, ou se gostaria de reencontrar o trabalho dele: Operação High Ways é um título que saiu no Brasil, com ótimo tratamento gráfico/editorial, pela Editora Scribs.   
 

 

 
 
 

domingo, 13 de novembro de 2016

STAR TREK por John Byrne !


















X-Men, Quarteto Fantástico, Mulher-Hulk, Vingadores, Homem-Aranha, Hulk, Namor, Tropa Alfa, Liga da Justiça, Novos Deuses, Homem de Ferro, Capitão América, Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Patrulha do Destino... Desenhar as revistas de cada um desses personagens já seria um grande feito para qualquer artista, desenhar e escrevê-los então seria um feito no mínimo Fantástico. Agora, desenhá-los, escrevê-los, marcar época com suas histórias, levá-los do descaso total ao topo das vendas e renovar personagens esquecidos tornando-os preferidos entre os leitores, sem dúvida não é um feito simples de realizar. E isto é o que John Byrne faz melhor.










Os quadrinhos de Star Trek sempre foram dirigidos aos fãs, com o público em geral deixado à margem do processo, John Byrne foi à IDW publishing para mudar esse cenário, levando uma narrativa gráfica dinâmica, um traço firme e preciso como há tempos não se via em seu trabalho e sobretudo – a coisa mais importante para uma HQ – excelentes histórias. Se o tema Star Trek pode afastar o leitor não iniciado, os temas de ficção científica na abordagem de Byrne garantem a boa leitura mesmo para não-trekers. Um cuidado esmerado com cenários, figurinos e design de naves e personagens é patente, assim como a fidelidade aos preceitos básicos da série e o encadeamento de fatos que não contradizem nem os episódios clássicos da TV nem os filmes. Alguns roteiristas podem deslizar na vasta quantidade de informações quem compõem o universo Star Trek, Byrne tira isso de letra seja por conta se suas pesquisas refinadas, seja por sua memória de fã.













Star Trek Assigment: Earth explora os personagens e fatos apresentados no episódio 26 (temporada 2) da séria clássica. Gary Seven é o supervisor 194, um visitante misterioso cuja missão é treinar a humana Roberta Lincoln para que o planeta Terra seja salvo do terrível destino que é a auto-aniquilição. A premissa apresentada no episódio original era uma idéia de Gene Roddenberry (criador de Star Trek) para toda uma série que acabou não acontecendo. John Byrne retoma o tema de onde Roddenberry parou e mostra o que poderia ter rendido as aventuras do supervisor 194.

Star Trek Crew narra acontecimentos prévios à formação da tripulação da Enterprise comandada por Cristopher Pike. Acompanhamos um dos personagens de seus dias de cadete até o oficialato na Frota Estelar em meio a aventuras exploratórias dentro do espírito da série, mas com os recursos de produção e efeitos especiais ilimitados (como só é possível nos quadrinhos).

Em Leonard McCoy Frontier Doctor acompanhamos uma série de 4 edições onde um médico ranzinza (e genial) coordena atendimentos emergenciais nos mais inusitados planetas enfrentando choques culturais, burocracia e a má vontade dos governantes para realizar a missão de salvar vidas, o que por si só já não é nada simples.

Romulans é um título que se aprofunda nas conspirações e maquinações romulanas, a luta pelo poder, sua organização social seu caráter obsessivo e sua relação com os Klingons. Byrne une nessa tramas elementos e eventos desenvolvidos por ele nas outras revistas de Star Trek.

A personagem Número 1, interpretada por Marjel Barret Rodenberry na série clássica, pode ser vista como um fio condutor para a trama, em alguns momentos aparecendo como protagonista e em outros como coadjuvante. Spock e Kirk aparecem apenas em figurações ou em segundo plano, liberando o leitor para aproveitar melhor todo o universo de fatos e personagens apresentados ao longo da saga.
















A afinidade de Byrne com Star Trek e a repercussão extremamente positiva de seu trabalho levou a editora a lançar a série Star Trek New Visions, onde o autor revisita episódios clássicos e cria episódios novos das aventuras de Kirk-Spock-MacCoy por meio de fotonovelas. Links para parte deste material estão no fim da matéria (Nota do Editor: não nos responsabilizamos por links cujo material não esteja mais online, na dúvida google it).

No Brasil a Devir Editora tem publicado alguns quadrinhos de Star Trek, mas nenhum, absolutamente nenhum, com o peso e importância dessas séries produzidas por Byrne, um mestre da arte sequencial, um dos artistas mais sólidos e tradicionais do mercado de quadrinhos, odiado por uns, amado por outros, mas sobretudo: um espetacular contador de histórias.



http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2015/11/jornada-de-volta-tv.html
MAIS:
STAR TREK New Visions
(fotonovela by John Byrne)
Links p/ Download:
McCoy Médico sem Fronteira (download das edições em português)
Quadritrek: Um dos maiores bancos de dados de Trek HQS da web
Star Trek Crew: Star Trek - A Tripulante

http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2015/11/jornada-nas-estrelas-resumo-da-opera.html