segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

THOR: O Deus do Trovão! (por Gian Danton e JJ Marreiro)


No rastro das inovações pelas quais a Marvel estava passando, Stan Lee pediu a Jack Kirby que fizesse um herói baseado na mitologia nórdica. Essa era uma mitologia muito pouco explorada nos quadrinhos, mas segundo Lee, era a mais dramática. Roberto Guedes, no livro Quando surgem os super-heróis, diz que ¨Kirby estilizou de forma ímpar os deuses asgardianos, indo além do figurino trivial dos marmanjos vikings. A cidade de Asgard mais parecia um planetóide alienígena, de charme inigualável¨. O personagem principal, o deus Thor, foi mostrado não como um viking cabeludo, mas como um jovem loiro, de cabelos longos, antecipando o visual dos hippies (posteriormente, Mark Millar exploraria isso na série Os Supremos, mostrando Thor como um hippie ecologista).

Kirby tinha uma mente incrível para grandes sagas e personagens fantásticos. Assim, ele criou vários personagens ou locais marcantes, como Ego, o planeta vivo, a montanha de Wundagore, os colonizadores de Rigel e O Registrador. Lee colaborava com o lado humano e com as tramas bem elaboradas.

Um expediente comum era colocar o personagem numa situação insolúvel no final da revista. Na revista seguinte, a situação era solucionada, apenas para dar lugar a uma situação ainda mais complicada. Thor vivia uma verdadeira vertigem de aventuras. Além disso, Kirby usou na série um expediente absolutamente inovador: colagens de fotos que eram misturadas aos seus desenhos, dando um charme especial às histórias.

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O frágil Dr. Donald Blake durante um passeio nas montanhas, ao adentrar uma caverna descobre um martelo encantado com as inscrições: Aquele que empunhar este martelo, se for digno, terá o Poder de THOR. COm isso o frágil Dr. Blake dá lugar ao filho de Odin. Mais tarde é revelado que Don Blake foi criado como um artifício de Odin para que seu filho contivesse sua arrogância e prepotência, aprendesse a lidar com a responsabilidade de um grande poder e a respeitar a vida daqueles mais frágeis. Jack Kirby, Larry Lieber ficaram encarregados de desenvolver o visual de Thor enquanto Stan Lee produzia os textos e as primeiras narrativas dos grandes feitos do Deus do Trovão, agora um Super-Herói que ganharia em pouco tempo a companhia de Hulk, Homem de Ferro, Vespa e Homem-Formiga na equipe original dos VINGADORES. 

 






 

A primeira animação com o personagem surgiu em 1966, usando como base a arte das revistas em quadrinhos. Se por um lado a técnica de animação era precária o frisson entre os fãs era catártico pois a TV estava mostrando as aventuras dos mesmos heróis dos quadrinhos com o mesmo tipo de traço e com as mesmíssimas aventuras. Uma fidelidade à obra original pouquíssimo vista nos dias de hoje. Thor aparecia também nas aventuras dos Vingadores no desenho animado do Capitão América (cujas aventuras também possuíam arte de Jack Kirby). 

Nos anos 80 e 90 Thor faz algumas aparições na animação do Homem-Aranha e ganha sua primeira versão live action no telefilme A Volta do Incrível Hulk (1988). Nos anos das décadas de 2000 e 2010 Thor dá as graças nas animações dos Vingadores. E em animações especiais produzidos diretamente para vídeo. Mas o auge do poderoso filho de Asgard ficam por conta dos filmes: Thor (2011), Thor- O Mundo Sombrio (2013) e Thor-Ragnarok (2017) e Os Vingadores (2012) e Vingadores Era de Ultron (2015). 













Os filmes da Marvel são claramente bem produzidos, mas é curioso ver o fenômeno provocado pela fama de um personagem. Produtoras menores resolveram aproveitar o filão do Deus Viking e criar suas próprias versões da lenda — já que o Deus Viking não possui copyright. Apoiando-se nisso foi lançado em 2009 THOR: o Martelo dos Deuses, uma bomba vexatória em termos de roteiro, produção e filme. Uma co-produção Bulgária-EUA reunindo talvez o pior do cinema dos dois países; Em 2011 no filme Almighty THOR: Odin, Balder e Thor fogem de Loki (Richard Grieco renascido das cinzas) que quer destruir Asgard. A única ajuda que Thor encontra para enfrentar Loki é da copeira de Odim , Jarnsaxa. É. É um nome feio mesmo, mas a atriz continua bela, embora esquecida,  Patrícia Velasquez (Anck-Su-Namum do filme A Múmia, de 1999); Na trama de God of Thunder (2015) Thor acorda na terra sem memória e sem poderes e só os recupera a 15min do final do filme.












Com tantas versões de Thor não é difícil imaginar a nova recém-reformulada Igreja de Odin ganhando popularidade (veja matéria nos links) ainda mais com THOR - Ragnarok da Marvel trazendo mais uma aventura do Deus do Trovão.













Cultura e Religião Viking
Islandeses voltam a adorar Odin
14 momentos de Thor na TV
Número de adoradores de Thor  duplica na Islândia
THOR: O  Martelo dos Deuses (2009)
Filme completo no Youtube - Não veja! 
O Poderoso Thor (2011) - crítica
God of Thunder Thor (2015) - o filme completo no youtube (Não veja!!!) 

 http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2017/05/jack-kirby-100-anos.html



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