Você sabia que Adam West, o
Batman do seriado de 1966, já revelou ter ficado ressentido por não ter sido
chamado para reprisar o papel no filme dirigido por Tim Burton em 1989?
Pois é... Agora, venha imaginar e
corromper comigo um tempo pretérito que nunca aconteceu (mas bem que
poderia)...
Em 1989, a
Warner escalou uma promessa oriunda dos Estúdios Disney, Tim Burton, para
realizar o filme que celebraria os 50 anos de criação do Batman. E para comemorar
a data, Burton julgou apropriado que fosse feita a adaptação da trama que
muitos já consideravam o crepúsculo definitivo do Homem Morcego e assim, após
algumas reuniões com Frank Miller, a trama de Cavaleiro das Trevas foi
preparada para ter sua versão no cinema.
Adam West fora convocado novamente para vestir a capa e o capuz, mas
Burton decidiu substituir o uniforme de pelica do seriado de 1966 por uma armadura negra de borracha, que realmente
limitava os movimentos do herói mas que soava condizente em forma e função com
o personagem envelhecido e com o ator
sexagenário. Jack Nicholson deu ares nunca imaginados ao Comissário Gordon
(justificando plenamente o salário obsceno que faturou pelo longa metragem),
mas a verdade é que quem roubou o filme foi o Coringa interpretado por Michael
Keaton – uma versão aterrorizante e singularmente divertida do Besouro Suco de
Os Fantasmas Se Divertem (1988).
Na atmosfera sombria que somente Tim Burton é capaz de criar para nos
envolver, o talento brilhante de Jack Palance como o Duas Caras e um elenco
secundário que ainda tinha a força do Líder Mutante vivido com pujança por
Billy Dee Willians (o eterno Lando Calrisian), o irônico Alfred de Michael
Gough e, mesmo sob pesadas críticas, a personagem de Kim Basinger, que flertava
com características da Robin Carrie Kelley com Vick Vale, surpreendeu a todos e
levou o Oscar de Melhor Atriz que todos atribuíam precipitadamente a Geena
Davis por sua atuação em 'O turista acidental' antes de conferir Batman.
Com mais de duas horas de duração, o filme de linguagem tão dinâmica
quanto possível se encerra após o embate derradeiro entre Batman e Coringa, mas
Burton guardou uma cena (apresentada depois dos créditos finais) que arrebatou
o coração dos fãs: o diálogo entre Superman (Christopher Reeve retornando ao
papel do Homem de Aço 2 anos depois de Superman IV Em busca da Paz) e o
presidente dos E.U.A. (Ronald Reagan poucos meses após o fim de seu mandato) a
respeito das ações do vigilante de Gotham...
O filme deteve a marca histórica de maior bilheteria do cinema até o
lançamento de Avatar (2009), mas os fãs teriam que esperar até 1992 para
vislumbrar o desfecho total... e isso fica pra outro dia, amigos imaginautas.
Este artigo teve textos de Dennis Oliveira e imagens de JJ Marreiro
Mais sobre o Dennis Oliveira:
Profile no site Quadro-a-Quadro
Dennis Oliveira no Deviantart
Guardiões
Nenhum comentário:
Postar um comentário