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segunda-feira, 20 de junho de 2022

Cavaleiro das Trevas (uma resenha crítica de Gian Danton)













PARTE 01 ( Por Gian Danton)

No início da década de 1980, Frank Miller era o grande nome dos quadrinhos americanos. Depois de salvar a revista do Demolidor do cancelamento, transformando-a num campeão de vendas, ele foi contratado para a DC Comics na qualidade de astro.

Seu primeiro trabalho para a editora, Ronin, foi aplaudido pela crítica, fez sucesso e abriu as portas para a invasão dos mangás, mas não chegou a ser algo bombástico. O grande sucesso mesmo viria com a minissérie Batman - Cavaleiro das Trevas, de 1986 (veja no box alguns fatos marcantes deste ano).















Cavaleiro das Trevas foi um arrasa-quarteirão que mudaria para sempre a história dos quadrinhos de super-heróis, a começar pelo formato de luxo em que foi lançado, chamando atenção dos leitores adultos e da imprensa.

A história se passa em um futuro em que os super-heróis foram proibidos. Aposentado após a morte de seu parceiro Robin, Bruce Wayne é um homem amargurado pelos fantasmas do passado e pela percepção de que a cidade que protegeu durante anos está se transformando em um completo caos de violência urbana.

Sua volta à ação marca também o retorno dos vilões Duas Caras e Coringa e a tensão com o Super-Homem, o único herói com autorização para agir.

Miller foi revolucionário em tudo, a começar pela forma de contar a história, usando e abusando das elipses. Elipses são pulos na narrativa, partes não mostradas pelo quadrinista e que são completadas pelo leitor. Os quadrinhos usam as elipses o tempo todo: o personagem se levanta da cadeira, no quadro seguinte está na porta de casa: todo o trajeto entre uma ação e outra é completado pela imaginação do leitor. Miller levou o recurso a patamares nunca explorados em especial na sequência em que o Batman volta à ação: o leitor nunca vê o herói, e sim as consequências de sua ação. Quando ele finalmente surge é numa grandiosa Splash Page, de enorme impacto. (nota: Splash Page é uma página onde o quadrinho toma a página inteira).

Outra revolução de Miller foi introduzir quadros televisivos como elementos narrativos. Após vermos Batman pela primeira vez, por exemplo, as telas mostram pessoas comuns comentando sua aparição. Além disso, a narrativa televisiva muitas vezes ajudando o leitor a entender as elipses – exemplo disso é a mulher cuja bolsa é revistada pela gangue mutante e que sai feliz ao descobrir que não foi roubada – na sequência, uma jornalista informa: “Mulher explode numa estação de metrô! Noticiário completo às onze...”.

As telas de televisão também funcionam como um acréscimo de aprofundamento ao mostrar debates sobre a ação do herói. É nesses inserts que Miller irá colocar uma das questões mais interessantes da obra: seriam os vilões uma consequência dos super-heróis? Ou seria o contrário? A obra não dá respostas fáceis, deixando muito mais perguntas que certezas.

Outra inovação de Miller foi mostrar o Batman como alguém que capaz de qualquer coisa para conseguir seus objetivos – inclusive usar uma criança como aliada no combate ao crime ou torturar um bandido para conseguir uma informação. Maníaco? Visionário? Herói? Vilão? Junto com A Piada Mortal, de Alan Moore e Brian Bolland, Cavaleiro das Trevas transformou o Batman em um herói tridimensional, um dos mais complexos do universo DC.












Miller continuou sua abordagem sobre o personagem em uma outra série, Batman Ano Um, com desenhos de David Mazzuchelli, em que contava os primeiros anos do herói. Como resultado, Batman se tornou o herói mais popular da época, uma verdadeira mania, com várias revistas derivadas e especiais.

No Brasil, Cavaleiro das Trevas foi a obra que inaugurou a era das Graphic Novels. O sucesso da série fez com que a Abril lançasse várias outras minisséries de luxo e até uma coleção, Graphic Novel, apenas com histórias fechadas, em papel couchê.



PARTE 02 (por JJ Marreiro) 

Originalmente publicada em  fevereiro de 1986 como uma mini-série em quatro partes. Chegou ao Brasil em março/abril de 1987. Em 1988 a Abril lança a versão encadernada (capa cartão). Em 1989 chega a segunda edição da versão encadernada ainda pela Ed Abril. 

Sempre referenciada ao lado de Watchmen e Miracleman, O Cavaleiro das Trevas, marca um tratamento sóbrio do gênero dos heróis uniformizados. A trama é bem construída, bem pensada, cada painel possui um sentido de ser e nenhuma palavra é desperdiçada, desde as onomatopeias às gírias empregadas pelos personagem, tudo em Cavaleiro das Trevas foi milimetricamente medido e cada tom de cor somou ao discurso noir ao clima distópico de uma metrópole sitiada pela violência urbana. 

As transições de quadros são fabulosas e favorecem uma experiência de leitura rica e envolvente. As combinações entre palavra e imagem completam-se para gerar uma terceira compreensão que transcende tanto a palavra quanto a imagem. Fica patente o esmero na elaboração desta mini-série: um traço numa estilização harmônica com a construção narrativa, uma arte-final coesa e objetiva, cores que colaboram na ambientação e na condição emocional da história. Uma trama lógica, coesa, com começo meio e fim numa abordagem que aprofunda o gênero e o trata com respeito. Bons diálogos e ótimas passagens de ação. Uma obra que possui conteúdo e superfície irretocáveis isto é mais do que se pode dizer de muitas obras (em qualquer manifestação artística).



DK2: The Dark Knight Strikes Again, a controversa mini-série de três edições que continua a saga do Morcego não-tão-aposentado foi lançada em dezembro de 2001. A mesma equipe criativa retorna implementando um aspecto visual diferente, experimental (no design e nas cores) o que desagradou a grande maioria dos fãs. O traço de Frank Miller mais cartunizado, menos refinado, um redesign exótico de personagens e as cores supersaturadas com uso exagerado de efeitos chamam mais atenção que a trama. Nem de longe esta "continuação" se alinha com o nível de qualidade técnica e filosófica da obra original. Citando Marcelo Cassaro, premiado roteirista e editor brasileiro: "Miller fez DK2 para que não houvesse um terceiro". A edição brasileira saiu em 2002. 

DKIII - Cavaleiro das Trevas III, mesmo com todas as críticas ao DK2, a máquina de dinheiro da DC Comics sabia que ainda havia muito a se explorar da obra original de Miller e já estava capitalizando em desenhos animados, estatuetas e infinitos colecionáveis baseados no trabalho original de Miller. Uma prova da baixíssima aceitação pública de DK2 é a inexistência de produtos agregados e esta mini-série. A Terceira parte chegou em 2016.E depois do desastre da parte 2, a editora cercou Miller de talentos para evitar outro fiasco. Para o desenho Andy Kubert, cujo traço é um dos mais potentes da atualidade e cuja narrativa segue a rica e criativa linha estabelecida pelo seu pai, o astro da era de prata dos quadrinhos, Joe Kubert. E, encarregado de evitar novos devaneios oníricos desconexos de Miller, um dos roteiristas TOP da DC: Brian Azarello. Embora o resultado seja visívelmente superior ao DK2 ainda fica devendo muito à potencia da obra original. Não é um quadrinho ruim de ler, aliás seria um razoável material para um título de linha. No entanto, para ser uma sequencia de Cavaleiro das Trevas o resultado é sem vivacidade, sem encanto, sem grandes recursos narrativos e absolutamente ausente de inspiração. A trama centrada numa invasão da Terra por Kandorianos, os habitantes da cidade engarrafada de Krypton. Uma falha gritante é ausência de protagonismo de Batman, isto sim: um crime.

Curiosamente, cada edição de DKIII é acompanhada por um mini-comic (uma revista fininha em formatinho) com capas e parte do material interno feito por Frank Miller. Isto deveria ser uma ampliação do universo do Cavaleiro das Trevas, mas também não logra êxito ficando restrito a "mais do mesmo". Aliás, menos do mesmo, pois são histórias fracas, algumas porcamente desenhadas.

Depois de tantos produtos e subprodutos ligados ao universo do morcego imaginado por Frank Miller é difícil pensar que a DC vai parar por aí. Aparições deste universo já foram vistas nas revistas de linha e possivelmente ganhem novos subprodutos, versões, expansões, talvez uma saga reunindo todas as revistas da editora centradas no universo do Cavaleiro das Trevas, sabe-se lá. O certo é que a DC nunca vai largar esse osso.



Batman - The Dark Knight Returns (wikipedia)
Capas das edições em português de Batman Cavaleiro das Trevas (Guia dos Quadrinhos)
DKR Trintão (Batdeira)
PODCAST Confins do Universo: Cavaleiro das Trevas 30 anos (UniversoHQ.com) 
Cavaleiro das Trevas Edição Definitiva (review UniversoHQ)
DK2 (review UniversoHQ)


IDEIAS DE JECA TATU (blog de Gian Danton)

http://roteiroquadrinhos.blogspot.com/

http://laboratorioespacial.blogspot.com/2010/10/o-astronauta-de-mauricio-de-sousa-por.html

quinta-feira, 10 de março de 2022

THE BATMAN - O Batman que precisávamos? Sem Spoilers!


 Por Jacko e Daywid

Assistido o tão esperado filme de Matt Reeves sobre o homem morcego, trazendo Robert Pattinson como personagem principal. E devo confessar que tempos atrás quando vi a escolha, fui daqueles que tacou o pau, mas, depois de filmes como Mulher Maravilha e Aquaman, respirei fundo e pensei: calma. Vamos esperar pra ver algo pra poder criticar.
Foi a melhor coisa que fiz, esperar.




Muita gente critica o filme por ser longo demais, arrastado, que poderia ser menor e resolver as coisas mais fáceis e simples, mas não dá. Pelo contrário, se você viu o filme, viu que faltou tempo pra explicar muita coisa como por exemplo, fatos sobre o Charada que ficam mais explicados, mais detalhes sobre o Pinguim, coisas sobre as cenas finais que não tiveram explicação, que pra mim não é furo, foi escolha sobre o que apresentar, e tentar diminuir o tempo do filme.




A trama é cheia de mistérios, com elementos até então estranhos para nós fãs, como o Batman andando lado a lado com a polícia, sendo encarado por todos, menos pelo capitão Gordon, que é preciso ressaltar que Jeffrey Wright entrega um Jim Gordon sério, honesto, que acredita no Batman, e com um puta moral de poder até enfiar o dedo na cara do Morcegão, sem nem piscar. Me lembrou muito o Gordon de Batman Ano Um.

 



Outra personagem que ficou muito boa, e também remete a Batman Ano Um é Selina Kyle. Zoë Kravitz ficou tão bem no papel que nem precisa de roupa de couro, enfeites ou coisas do tipo, ela entrega uma Mulher Gato diferente de qualquer outra, que é ágil, rápida, boa de briga, esperta e bonita.



Um personagem pouco explorado por outro lado foi o Alfred, tendo Andy Serkis no papel, pouco se mostrou no filme, mas foi necessário quando surgiu.
O filme aborda coisas que outros não fizeram, como falar do passado da família Wayne, de ligações perigosas com o passado da cidade, as alianças que passam a assombrar o presente de Bruce Wayne,e é isso que dá o ar sombrio e sério de Bruce durante todo o filme.
O Charada por sua vez, deu um show a parte, mas eu diria que mais pelo ator que pelo personagem. Pois ficou faltando coisas sobre o personagens, detalhes não explicados, porém, Paul Dano foi perfeito na atuação.
Tivemos o Pinguim, que pra mim, assim como o Alfred, foi pouco explorado, mas é preciso dizer:
- Que PINGUIM É ESSE?
Colin Farrell, irreconhecível, dá um show de interpretação: é nojento, covarde, bobalhão, traidor, vingativo e chefão. O "Os" dele é responsável por uma das melhores e mais vibrantes cenas do filme, quando é perseguido pelo Batman no maravilhoso Batmóvel. um verdadeiro pega pega na cidade, com muita explosão, reviravoltas e um final de perseguição hilário.


O Batmóvel pra mim foi um dos melhores já feitos, porque se isso é uma adaptação das HQs, então também é possível fazer algo o mais parecido com as hqs possível certo?
E Reeves pensou assim, pois esse Batmóvel é muito mais próximo das HQs que seus anteriores.

Agora vamos falar do Batman.
Acho que chegou a hora de deixar essa história de Crepúsculo de lado, né?
Robert Pattinson entregou um dos melhores Batmans do cinema até hoje. Resgatou o Batman detetive, investigativo, porradeiro, violento, que não mata, que não precisa de amigos super poderosos nem de roupas especiais para evitar ser mordido por cães pra provar que pode entregar umas das melhores, senão a melhor,atuação do morcegão, para os cinemas.

Ele é rápido, violento, brutal, pouco apela pros seus apetrechos no cinto. Sua roupa é tática, flexível, pouco apresenta enchimentos, deixando-o mais natural e real possível.
- Ele não Ri! - Nem tem por que ou onde rir. Tudo no filme é melancólico, sombrio, triste, violento, não tem espaço para risadas, piadas, brincadeiras. Ele corre contra o tempo para derrotar o Charada, evitar novas mortes, resolver enigmas sobre seu passado que se revelam sórdidos e contradiz com o que ele mesmo pensa sobre ser o Batman.

O traje é perfeito, simples, diferente das armaduras e enchimentos dos outros filmes, e apresentou a melhor máscara, na minha opinião, já feita até hoje, onde mostra a abertura longa no queixo, deixando parte do rosto a mostra, com detalhes de couro que marcam sem parecer falso e dar aquele semblante sério e malvado que conhecemos. Até o elemento "sombra" usado nos olhos para deixar os olhos dele com o capuz mais sombrios, aqui foi dado ênfase, deixando claro que o Batman usa maquiagem pra esconder sua identidade, e não que usa e finge não usar. Até isso deixa tudo mais real, pois Pattinson sem máscara e com a maquiagem escorrendo, dá um ar de tristeza, e ao mesmo tempo de vingança, além de lembrar o Corvo.



Talvez, o único momento que me queixei sobre o filme foi sobre o Pattinson como Bruce Wayne, que fica longe daquele biotipo estilizado que temos na mente das HQs, até mesmo distante de Bale e Affleck, mesmo assim, com o passar do filme, acabei acostumando, e ele consegue provar que é bom também sem a máscara.

Um grande ponto positivo do filme é que, aqui, vemos um filme do Batman. Aqui ele não é coadjuvante, é o principal. Pattinson passa mais da metade do filme com a máscara, agindo como Batman, diferente dos outros filmes que abordam demais Bruce Wayne, até pra poder dar mais crédito ao ator, mostrar seu rosto e assim aumentar seus ganhos com sua imagem. Aqui, Batman é a estrela, e como falado em uma cena, Batman é a verdadeira face de Bruce Wayne.
Se o filme tem furos no roteiro, não parei pra ver isso, me atentei a história contada, aos personagens que nela estão, no Batman, no Pattinson, e apesar de ter ficado algumas coisas sem resposta, isso pra mim não desmereceu o filme. Precisarei ver d novo pra encontrar esses "furos".
Não dá pra esquecer as cenas finais no Arkhan, ou mesmo a cena pós crédito, que quebra a tradição dos atuais filmes e proporciona algo digno eu diria de, Ferris Bueller, lembra dele? Lembra de "Curtindo a Vida Adoidado"? Pois é.
The Batman é o filme que esperávamos e Zack Snyder não soube apresentar.
É o melhor até hoje?
No quesito porrada e investigação, sim.
No quesito "fiel as hqs", sim.
No quesito história, sim.
Personagens? Sim.
Então, "em que momento o filme é ruim", você pode até perguntar, mas só posso dizer que ainda estou procurando, porque não lembro uma cena que não tenha curtido, ou vibrado, ou até mesmo chorado.
Quando as coisas se invertem, e vingança passa a representar esperança, não consegui segurar as lágrimas.

THE BATMAN é O Batman que precisamos.


 



sábado, 10 de agosto de 2019

SILÊNCIO! Batman na Área!


A animação Batman: Hush (Silêncio) adapta a sua própria maneira o arco escrito por Jeph Loeb e desenhado por Jim Lee. O longa toma todas as liberdades necessárias para levar a trama para o ambiente das animações embaladas pelos Novos 52 desde Liga da Justiça Guerra (2014). Na verdade, algumas das mudanças realmente melhoram a história de maneira surpreendente, embora pague um certo preço por isso. Batman: Hush não está nada próximo dos melhores desenhos animados produzidos pela DC-Warner, mas ainda pode ser um entretenimento para os fãs.

Um dos pontos altos do longa está na relação mostrada entre Batman e Mulher Gato. Batman: Hush traz ação e uma história intrigante, mas que irá decepcionar quem espera uma atualização exata, quadro a quadro, do quadrinho. No entanto, se você espera uma nova versão, o resultado pode agradar. O longa resolve algumas das deficiências da história em quadrinhos original e oferece o que soa como uma história mais coesa. Ao comparar os dois, o material de inspiração se torna um primeiro rascunho quando comparado ao filme.












 







É claro que nem todos vão concordar, mas as mudanças adicionam uma carga pesada de desenvolvimento de personagem ao elenco do filme (sem spoilers), e que resulta em um final intrigante, melhor do que o material de origem. Tais mudanças funcionariam para o formato quadrinhos? Provavelmente não. Mas muito bem para a animação. Além disso, a reação da Bat-Família ao relacionamento de Batman e Mulher Gato já vale o filme, pois traz profundidade e relevância.
 
Porém, o filme ainda demonstra problemas. Assim como na história em quadrinhos, existem personagens que aparecem em situações “glorificadas” que não causam impacto na trama. Arlequina e Coringa estão tão deslocados quanto no contexto original. Além disso, algumas das alterações fazem com que alguns personagens recebam menos tempo de tela do que a história exige. Não que estrague o filme, mas o compromete em geral. Entrar em mais detalhes sem spoilers é dureza a partir daqui… Este filme é melhor apreciado se encarado com a mente aberta.
Um mal presente em animações anteriores se repete: o tempo de execução do filme, que impacta negativamente no ritmo narrativo para chegar logo ao final apoteótico. Sim, o clímax é imensamente satisfatório e repleto de conseqüências para os personagens.




 




Novamente cabe dizer que a força do filme está em como ele se dedica ao relacionamento entre Batman e Mulher Gato, usando-os como núcleo da história que está sendo contada. Sim, o mistério de Hush ainda é fundamental, mas quase tudo é contado através do relacionamento dos personagens. Isso dá margem para construção e desenvolvimento de ambos, que funciona muito bem. Parece que há mais coisas em jogo, principalmente a vida que os personagens estão construindo juntos.
A animação aqui é boa na maior parte do tempo, ocasionalmente, se percebe um salto na qualidade durante algumas das principais seqüências do filme. Infelizmente, isso significa que há outros momentos que ela cai um pouco, mas o padrão é geralmente como na maioria da linha DC Universe Movie. O design de personagens de Phil Bourassa segue o visual estabelecido desde Liga da Justiça: Guerra e, compreensivelmente, dadas as restrições orçamentárias e a continuidade do filme, guarda espaço para homenagens ao traço de Jim Lee, um bom toque.


 
















Batman: Hush provavelmente acabará sendo filme que divide opiniões entres os espectadores por algumas de suas escolhas, mas, no final, ainda é uma agradável diversão. Pode apresentar algumas deficiências, mas elas são mínimas se comparadas ao conjunto da obra. O mistério da identidade de Hush equilibra muito bem a exploração mais profunda do filme sobre o relacionamento de Batman e Mulher Gato. Mas e a cena por trás da identidade de Hush? Simplesmente fantástica. Essa adaptação pode não ser exatamente o que a maioria espera, mas os prós superam os contras. Recomendo.

http://laboratorioespacial.blogspot.com/2016/03/porque-o-batman-e-tao-legal-por-dennis.html

http://laboratorioespacial.blogspot.com/2018/03/gotham-luz-de-lampioes.html






quinta-feira, 22 de março de 2018

Gotham à luz de lampiões



A animação Gotham 1889 – Um Conto de Batman (no original Batman: Gotham by Gaslight) adapta uma história homônima do selo Elseworlds (“Túnel do Tempo” no Brasil nas quais os personagens são retirados de sua continuidade e imaginados em novos cenários/situações, para resumir) originalmente escrita por Brian Augustyn e ilustrada por Mike Mignola (Hellboy). Na trama, somos levados ao encontro de um mistério na cidade de Gotham, mas era vitoriana, mais precisamente no dias de ação de Jack O Estripador – no entanto, os paralelos entre a HQ publicada no Brasil em meados do ano 1990 e a versão animada quase terminam por aqui.


Diferente de animações DC/Warner que emularam o estilo de desenho de artistas como Ed McGuiness e Michael Turner (em arcos adaptados dos quadrinhos Superman/Batman escritos por Jeff Loeb), o marcante estilo sombrio de Mignola, repleto de sombras duras, dá um lugar a uma caracterização muito mais leve e minimalista, mas com cenários convincentes onde as cores buscam equilibrar a arte. E a cisão, as diferenças na trama entre a HQ e a animação faz bem a ambas, que se tornam dois produtos diferentes. E muito bons na minha opinião! 

 


























Mas voltando a versão de acetato, Batman 1889 faz uma grande imersão a diversos elementos da longeva mitologia do Homem-Morcego. Não faltam easter-eggs ou cameos! O roteiro de Jim Krieg é repleto de referências, algo talvez um pouco menos usual à época de Brian Augustin. E não duvide que a animação supera o original em certos aspectos, sobretudo na revelação das motivações de seu Jack Estripador. 

 

No elenco de vozes originais o destaque vai para a Selina Kyle de Jennifer Carpenter – a atriz que interpretou a possuída Emily Rose em 2005 – e a versão brasileira, dirigida por Bia Barros mantém predominantemente os personagens com as vozes a que estamos acostumados. Sempre excelente conferir o atuação de Duda Ribeiro como Batman, entre outros talentos nacionais!




























Recomendo fortemente Gotham 1889 – Um Conto de Batman sobretudo por se tratar de um produto inovador dentre as demais produções DC/Warner. E, naturalmente, espero por outras animações com essa qualidade.

http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2016/03/porque-o-batman-e-tao-legal-por-dennis.html


















sábado, 25 de novembro de 2017

LIGA DA JUSTIÇA: CONSIDERAÇÕES


Antes de mais nada quero deixar claro que isso não é uma crítica, mas sim minhas considerações pessoais. Meu objetivo não é ficar analisando minuciosamente cada qualidade técnica do filme desde o roteiro até os efeitos especiais, mas sim dar minha opinião como fã da Liga da Justiça. Aqui minha análise tem por objetivo dizer se foi ou não uma boa adaptação, se como uma história da Liga em si funciona e é um filme que empolga segundo minhas impressões pessoais, que pode ser diferente da sua, mas nem por isso mais ou menos importante.

Dito isso posso dizer que sob meu ponto de vista é um FILMAÇO! 

SOBRE O ROTEIRO
Porém se formos considerar a história comparando-a com a de outros filmes que tem um roteiro mais bem engendrado, complexo e adulto, logicamente poderá haver uma análise equivocada já que a trama de Liga da Justiça é enxuta, simples e direta.
O filme não possui dramas profundos, questões relevantes, filosofias intrincadas etc. Não tem a complexidade e a densidade de Capitão América – O Soldado Invernal, que além de ter uma temática mais madura ainda possui um roteiro que faz raciocinar cheio de reviravoltas surpreendentes e questões que nos fazem pensar.  Também não quis ser um “filme cabeça” com pretendia ser Batman vs Superman, com atmosfera sombria, realista e até mesmo depressiva.
O erro da maioria das críticas, me perdoem a audácia em dizer isso mas você também pode discordar, é querer comparar um estilo com outro diferente. “Ah mas são todos filmes de super-heróis, estão comparando o mesmo gênero! ”. Sim, contudo dentro do gênero super-herói temos diversos subgêneros, cada qual com um objetivo e uma forma diferente de se desenvolver.
Se levarmos em conta Batman O Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan, teremos uma pequena obra prima com um fundo mais de espionagem e policial do que de super-herói. Um roteiro que se aproxima mais de um filme de arte do que de uma aventura heroica. Comparar esse filme com o filme da Liga por exemplo, já colocaria o segundo em evidente desvantagem. Seria o mesmo que compararmos um roteiro mais linear e simples como um álbum de Asterix com uma história de Sandman, que tem temática adulta, uma trama não linear, complexa e cheia de referências. A de Asterix seria considerada simplória e infantil em relação a Sandman. O que não é verdade pois todos sabemos da genialidade por trás das histórias do pequeno gaulês escritas por René Goscinny.

Sendo assim a análise tem de ser feita de acordo com o que se pretendia. E o que se pretendia? Um roteiro com uma história básica de super-heróis com aventura e diversão sem grandes encucações e enrolações e uma mensagem otimista. Uma trama leve que divirta e inspire sem que precisemos ficar raciocinando para montar um quebra cabeça complicado. Cenas de ação espetaculares e personagens apresentados da forma como conhecemos sendo fieis as suas contrapartes dos quadrinhos tanto na sua essência quanto na aparência. E apesar de ser um filme que pretende apenas divertir, são nítidos os valores nobres que se passa sobre determinação, força de vontade, companheirismo, justiça, altruísmo e principalmente heroísmo. E é inegável o tom épico e sensação de grandiosidade ao assisti-lo.
E isso o filme conseguiu.
Desta forma em se tratando em um filme do Universo DC e também como um filme da Liga da Justiça, é memorável sim. Pois é a primeira vez em que se faz um filme com uma equipe de heróis reunidos da DC Comics, ainda mais a equipe principal da editora. Só isso já o faz memorável. Ou alguém acha que seria esquecível um filme com a primeira vez em que se reúnem Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Aquaman e Cyborg  nas telas?  

 AQUAMAN




O filme é cheio de cenas empolgantes que nos remetem aos quadrinhos e cada personagem está perfeito em sua adaptação. Até mesmo Aquaman que é o único que mais difere de sua contraparte nas HQs ficou bem. E honestamente, gostei muito desta nova interpretação que o aproxima mais de uma criatura marinha com um um visual que lembra o próprio Netuno, o Deus dos Mares. O cabelo comprido e a barba não ficam muito longe do Aquaman dos quadrinhos que já teve essa aparência em uma fase de suas histórias nas revistas durante um período e foi aproveitada até mesmo em algumas animações como Batman the Brave and the Bold.





FLASH 





Outro personagem que aparentemente está diferente é o Flash, pois Barry Allen nunca foi cômico daquele jeito. No entanto, na ausência de Barry quando Wally West assume o lugar do Flash, o personagem era apresentado desta forma. Forma esta que ficou conhecida e amada pelos fãs através das animações da Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites. E como vinha sendo anunciado, Ezra Miller realmente surpreende e encanta com seu Flash apesar de no início até mesmo eu ter ficado com um pé atrás por  sua escolha. Ainda mais por estar acostumado com o Flash da série de TV da Warner, eu tinha impressão que este novo era um intruso. Mas ao assistir ao filme essa impressão passou.




BATMAN


Já o Batman, apesar de fazer pequenas piadas durante o filme, não é nada que o torne um personagem engraçado. Se quando assisti Batman vs Superman já havia enxergado o personagem da forma como sempre imaginei, aqui ele está ainda mais Batman do que nunca. Alguns fãs do morcego podem discordar, mas esses pequenos momentos de alívio cômico não interferem a meu ver na personalidade do herói. Pela primeira vez consigo enxergar o Batman dos gibis que sempre quis ver nas telas, tanto visualmente quanto na personalidade e maneira de agir, bem como os perigos que enfrenta. Aqui ele está mais heroico. Ao contrário de Batman vs Superman em que se limitava a atirar e escapar do Apocalypse, neste ele enfrenta os parademônios e até mesmo o Lobo da Estepe no mano a mano. O Batman líder, investigativo, cheio de artifícios e sempre com um Ás na manga. Até mesmo em Christian Bale que foi um excelente Batman e é um ator excepcional, eu não enxergava o Cavaleiro das Trevas do gibi ali. Não por culpa dele, mas pelo próprio roteiro em si que queria algo mais realista e diferente das HQs. 

Essa é uma ilustração de Neal Adams ou Jim Lee? Não, péra...


MULHER-MARAVILHA

E a Mulher-Maravilha? Ah... a Mulher-Maravilha... (suspiro)!
Não tem como não se apaixonar por ela! Se Gal Gadot já havia me surpreendido em Batman vs Superman e me encantado em seu filme solo tornando-se um dos meus preferidos de Super-Heróis, neste ela está simplesmente fascinante! Incrivelmente linda e sexy sem perder sua força e seu empoderamento.  Com um sorriso no rosto o tempo todo, mostra uma heroína veterana e confiante que evoluiu da princesa inocente do filme anterior. Assim como Ben Affleck se tornou o Batman definitivo para mim, Gal Gadot é a personificação da Amazona em carne e osso. Apesar de eu ser fã de Lynda Carter e reconhecer que sua Mulher-Maravilha é imortal, me sinto mais atraído pela personagem de Gadot e a vejo como seria a heroína se ele existisse de verdade no mundo real. Posso afirmar que é um gosto pessoal, mas se tivesse de classificar ambas, as colocaria em um mesmo nível cada qual em sua época e com sua interpretação. Sou apenas eu quem gostou mais de Gadot e não que ela seja melhor.  Ademais ela protagoniza cenas de ação incríveis! 

SUPERMAN


Finalmente o Superman!
Um fato similar ao da Mulher-Maravilha ocorre com o Superman de Henry Cavill, que ao meu ver é tão bom quanto o de Christopher Reeve!  Mas nesse caso gosto dos dois iguais, cada um deles no seu estilo e de acordo com o Homem de Aço de sua época. Desde o início gostei de Cavill, mesmo com a interpretação de um Superman amargurado, inseguro e que despertava medo e insegurança no povo. No entanto, ele tinha algo que me fazia enxergar o Superman, acreditar que ele era o Kryptoniano. Só faltava mudar essa interpretação dando-lhe mais confiança, luz, cores. Apenas isso para se tornar “O Superman”. E nesse filme finalmente aconteceu. Sem dar spoilers, apenas comentando o que já é esperado por todos, afinal desde o início da construção do personagem Snyder já dizia que ele retornaria na Liga igual ao que herói que todos conhecemos.
Da personalidade ao uniforme e tudo o que inspira e representa o personagem, Cavill retornou da forma mais clássica possível, fazendo-nos crer não apenas que o homem pode voar, mas que ainda pode existir um Superman em carne e osso. As cores do uniforme são iguais ao das HQs! O Azul não é quase preto, o vermelho não é marrom e o amarelo não é branco. As cores são vivas até mesmo em cenas escuras. Em uma delas mais clara,  você fica maravilhado com as cores! E quando surge pela primeira vez vestido com seu manto, é a figura heroica, confiante, sorridente que até mesmo chega a lembrar Reeve em alguns pontos. Um filme solo do herói seria muito bem-vindo agora.

CYBORG


Quanto ao Cyborg, por ser um herói menos conhecido do público, mais pelas animações dos Jovens Titãs que é uma versão cômica do personagem, o objetivo inicial do filme seria fazer dele o ponto central da trama. Porém muito de suas cenas foram cortadas para a redução do tempo do filme. Mesmo assim seu drama pessoal foi abordado de maneira mais densa e ele está sendo considerado uma das surpresas do filme. Já com relação ao CGI de sua armadura foi muito criticado pela artificialidade. Alguns consideraram um CGI mal aplicado e alegam que tem-se impressão de que o traje não se encaixa nele além de ser feio. Algo que não notei. Pelos comentários imaginava algo muito tosco e mal-acabado, mas realmente não me incomodou.  E o ator, assim como todo o restante tem muito carisma e encarna bem seu personagem.

A INTERAÇÃO ENTRE OS HERÓIS


A interação entre os membros da Liga foi algo que também me agradou e me fez ver a verdadeira Liga da Justiça dos quadrinhos e animações.  O filme é praticamente um episódio da série animada Liga da Justiça Sem Limites em live action (com atores em carne e osso). A maioria dos fãs que assistiu ao filme afirmou isso e nenhum ficou decepcionado com a equipe. Principalmente aqueles que conhecem melhor os heróis. Portanto se você quer ver a Liga da Justiça de verdade, pode ir assistir tranquilo que não irá se arrepender.

DOS ERROS E ACERTOS


Um dos maiores acertos no filme foi conseguir o meio termo entre os filmes anteriores da DC que eram muito sombrios e os filmes da Marvel coloridões e cheio de piadinhas.
Sai o clima depressivo e amargurado de Batman vs Superman para dar lugar a esperança e cores. E para aqueles que temem excesso de piadas podem ficar tranquilos, elas são feitas de maneira equilibrada em uma quantidade relativamente menor do que nos da Marvel. E apesar do filme estar mais colorido e vivo, ainda tem uma textura mais escura em alguns momentos, mas sem ser excessivamente sombria. Ou seja, pelo menos para mim o filme conseguiu ser leve, colorido e apesar das piadas conseguiu manter sua seriedade sem ser depressivo.

Já sobre o visual do filme, é fantástico! A fotografia linda em algumas cenas apesar do CGI artificial em outras! Mesmo que Snyder dirija cenas de ação como ninguém, ele tem obsessão por filmar quase tudo com fundo verde. Até as coisas mais simples e desnecessárias. Muitas vezes esse recurso é necessário e desejável, como as cenas que mostram Gotham que são espetaculares, afinal não existe uma cidade real como aquela. Mas tem horas em que não haveria necessidade. Não que fique cansativo, pois você nem percebe o tempo passar durante o filme, porém em alguns momentos percebe-se um artificialismo e perde-se a oportunidade de filmar em uma locação de verdade. Essa é a diferença do filme da Mulher-Maravilha, pois a diretora Patty Jenkins já declarou preferir fazer tudo o que for possível em locações reais, o que deu uma plasticidade maior em sua obra. 
Algumas cenas também são memoráveis, como a Mulher-Maravilha defendendo as crianças de uma metralhadora com seus braceletes que é quadrinhos puro! (parte da cena vista no trailer) 
A primeira cena pós crédito é empolgante para qualquer fã! (quem assistiu já sabe, mas se você ainda não viu e não liga para spoilers vá até o final da matéria).  A primeira aparição de Superman com o uniforme também emociona! Tudo isso e algumas outras também, me causaram a sensação de estar folheando um gibi, como se os personagens de repente criassem vida e saltassem das páginas da revista protagonizando todas aquelas situações bem ali, na minha frente! Ponto para a Warner.
O filme também é recheado de fan service, as referências são bem feitas e não simplesmente jogadas ali. Uma delas talvez a mais explícita, é a tensão sexual entre Bruce e Diana. Apesar de recentemente ter pedido a Mulher-Gato em casamento nas HQs, tanto na animação da Liga quanto nos quadrinhos Batman chega a ter um relacionamento com a Mulher-Maravilha. Falando em Bruce, neste filme ele está mais humano assim como todos os outros heróis. 
A perseguição inicial de Batman ao parademônio de Darkside pelos prédios de Gotham City, uma referência explicita a primeira cena da HQ que reconta a origem da Liga nos Novos 52. Essa cena inclusive foi escrita por Joss Wedom após sua entrada como diretor.
Veja abaixo a comparação entre a cena da HQ com arte de Jim Lee e o filme.

O ponto mais fraco foi o mesmo do filme da Mulher-Maravilha: o vilão. Assim como o Deus da Guerra Ares não estava bem desenvolvido no filme da Amazona, aqui o Lobo da Estepe padece do mesmo defeito. O que já era esperado. Não pelo fato de não ser um vilão de peso do Universo DC, mas pela forma como foi criado inteiramente em CGI que novamente foi utilizado sem muito esmero. Não havia um ator o qual inseriam o recurso por cima, era unicamente computação gráfica e não tão bem feita. Não que fosse das piores, mas por ser um filme com o orçamento milionário como esse, deveriam ter caprichado mais. Mas isso não prejudica o prazer de assistir ao filme. Nem mesmo a forma rápida como vencem o Lobo da Estepe. Fiquei com a sensação que ele ainda iria retornar pois parecia ter sido muito simples a forma como foi vencido, nos privando de um clímax mais impactante. 

MAS PORQUE A BILHETERIA NÃO FOI A ESPERADA?
Em vista disto tudo, Liga da Justiça é um filme que merece ser visto. Esse é  o filme da Liga que sempre quisemos assistir e que merecemos! 
No Brasil, Liga da Justiça bateu recordes impressionantes como o maior dia de abertura de cinema de todos os tempos, ultrapassando a Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2; O maior dia de abertura de um filme de super-heróis de todos os tempos, batendo Capitão América: Guerra Civil; maior dia de abertura histórica da Warner Bros. Pictures.; maior dia de abertura geral de 2017, na frente de Velozes e Furiosos 8 e maior dia de abertura de um filme de super-heróis em 2017, ganhando de Homem Aranha: De Volta ao Lar. Aliás o filme é o maior dia de abertura da Warner Bros. no ano, na frente de It – A Coisa! (dados fornecidos pelo http://cinepop.com.br)
 E apesar do filme ter sido muito bom, agradando a maioria dos fãs que assistiram, a bilheteria não foi a esperada na estreia dos Estados Unidos, arrecadando US$ 93 milhões, um valor abaixo do esperado e a menor arrecadação dos filmes da DC, com uma previsão ainda de dar prejuízo aos estúdios. O que pode ter atrapalhado na bilheteria de abertura, é o histórico dos filmes da DC que já vem sido muito criticados, excetuando-se Mulher-Maravilha. O que parece haver com parte dos fãs é a não aceitação como Snyder vinha conduzindo o Universo DC nos cinemas.  Outro fator pode ser o cronograma do estúdio que é confuso com projetos surgindo e desaparecendo a todo o momento. Agora mesmo com a entrada de Joss Whedon para dirigir as refilmagens após a saída de Snyder devido a tragédia pessoal, já ficou a prevenção do público e com isso muitas pessoas já não compraram ingresso, reduzindo assim a bilheteria de abertura. E o fato da bilheteria de abertura não ter sido a esperada, já faz mais potenciais espectadores não irem ver o filme sem conhecer já deduzindo que é ruim, tornando-se um ciclo vicioso. Uma pena.

E para você que ainda não assistiu se tranquilizar, veja a seguir algumas opiniões de colegas meus da revista Mundo dos Super-Heróis que também gostaram do filme. Profissionais especializados e também nerds, ou seja, gente que entende do que fala tecnicamente e como fã!

Após os depoimentos vem dois spoilers das cenas pós crédito.










E agora para finalizar, se você ainda não assistiu o filme e não quiser spolier não passe daqui.


SPOILER












A CORRIDA ENTRE O FLASH E O SUPERMAN



A primeira cena pós crédito citada acima nessa matéria, foi uma referência aos quadrinhos onde o Superman e o Flash costumam a apostar corrida para medir qual é o mais veloz.  Esse fato já ocorreu inúmeras vezes ao longo das décadas tanto nas HQs quanto nas animações, tornando essa disputa clássica. 

Já houveram vários resultados. Em algumas o Superman ganha, em outras o Flash ou até mesmo um empate. Mas recentemente ficou estabelecido que o Flash é o mais rápido do Universo DC vencendo o Superman mesmo que por milésimos de segundos.

Veja algumas capas de histórias com a disputa dos dois:




 Nessa cena mais clara pode-se ver perfeitamente o uniforme do Homem de Aço, que infelizmente aqui nas fotos não está com o brilho e textura do filme por não ser em alta definição e sim uma imagem capturada da tela do cinema por algum fã.  Mas mesmo assim nota-se o azul mais claro e brilhante e o vermelho vivo!



 O EXTERMINADOR




A segunda cena pós crédito foi uma surpresa para mim que não esperava mais já ver Joe Manganiello como Slade Wilson ou o Exterminador, pois já haviam boatos que com as mudanças de roteiro de The Batman ele haveria sido descartado da produção de filme de Matt Reeves

Mas após as declarações de Reeves de que The Batman não será um prequel como fora dito inicialmente nem um reboot, mas sim uma continuação direta do filme da Liga, então essa cena pode ser uma indicação de que Manganiello viverá o vilão no filme solo do morcego.

A cena em questão, mostra policiais descobrindo que Luthor fugiu da prisão e na sequência vemos o Exterminador dirigindo-se a um iate onde encontrava-se Lex. Ao tirar a máscara, outra surpresa! A aparência do personagem, ao contrário do Exterminador da série Arrow, onde é interpretado por Manu Bennett, é idêntica a dos gibis. 





Luthor também estava de terno e ainda calvo já mais similar a sua contraparte nas HQs. 
No momento em que se encontram Luthor diz que precisam também formar uma Liga, o que certamente deverá ocorrer em um dos próximos filmes da Liga da Justiça se realmente ocorrerem.
A cena original mostrava o Exterminador tirando Lex Luthor da prisão mas foi um dos cortes para a redução de tempo do filme.

Vamos aguardar e torcer agora para que seja possível uma sequência não só para um filme da Liga mas para mais filmes do Universo DC. E que todos possam manter o nível deste para melhor, mais colorido, heroico, com uma mensagem otimista e de esperança!

Afinal, você não pode salvar o mundo sozinho!

Crítica de Maurício Muniz:Pastel Nerd

Crítica de Társis Salvatore: Papo de Quadrinho

Crítica de Eduardo Marchiori: Raio X

https://www.youtube.com/c/DROPSRicardoQuartim
http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2017/05/jack-kirby-100-anos.html
http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2016/04/porque-mulher-maravilha-e-tao-legal-por.html
 http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2016/04/porque-o-superman-e-tao-legal-por.html