segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

A Marca do Pantera Negra !
















Dez anos depois do início de sua empreitada no cinema, a Marvel lança Pantera Negra e mostra que tem fôlego pra muito mais. Pantera Negra é emblemático em vários aspectos, sobretudo por se tratar de um filme muito bem feito.

O diretor Ryan Coogler (Fruitvale Station) mostra incontestável esmero e passa pelo âmago da questão racial nos EUA, deixando clara sua visão sobre minorias e preconceito, mas com espaço para a reflexão.














Com um elenco composto por atores negros (com poucas exceções) interpretando personagens bem desenvolvidos, a maior virtude do longa reside na sua narrativa direta, assertiva e bem realizada. O mote é fantástico: "devemos construir pontes, não barreiras." 

Pantera Negra é um filme importante dentro do gênero, tanto quanto a própria criação do personagens nas páginas do Quarteto Fantástico em meados da década de 1960 - nova afirmação de um movimento social! A trama apresenta arcos bem estruturados dentro de um tema muito abrangente: Nossas responsabilidades e deveres - para com a família, com a pátria, com o amor, com a cultura... O senso de dever tange a todos os personagens e é exatamente isso que nos palpita a mais plena identificação - ou pelo menos deveria ser assim (lembra do Professor Xavier dizendo que ninguém precisa ser negro pra ser contra o apartheid?).



Pantera Negra não é um filme de negros para negros, mas um filme universal, para todos, com um elenco negro e mulheres fortes em papéis principais (as Amazonas da DC no cinema empalidecem novamente). E aqui a Marvel acerta na quase total ausência do típico humor latente de seus filmes, pois a "seriedade" edifica a nobreza do personagem e sua causa.

Com atuações caprichadas, um roteiro excelente, ação, trilha sonora moderna - "orgânica" e localizada - efeitos competentes e ótimos personagens, o resultado não poderia ser ruim. Advinha quem ganha com isso? Outro destaque: Killmonger é um dos melhores vilões da Marvel dentro de sua fórmula habitual (em que o herói deve vencer a si mesmo inicialmente). Com uma construção psicológica convincente e uma atuação genial de Michael B.Jordan (Creed). 


Impossível terminar de assistir o filme, conferir suas duas cenas pós-credito e não ficar sedento por mais - e isso significa Vingadores Guerra Infinita já em abril (2018)!


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http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2017/05/jack-kirby-100-anos.html




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