sexta-feira, 16 de agosto de 2019

O ESCRITOR FERNANDO FONTANA VAI LANÇAR UMA GRAPHIC NOVEL QUE SE PASSA NO MESMO UNIVERSO DE SEUS LIVROS

Por Ricardo Quartim

O escritor e Professor de História em Catanduva Fernando Fontana está com uma campanha no Catarse para lançar a Graphic Novel O Triste Destino da Namorada do Ultra-Homem, uma HQ que se passa no mesmo universo de seu  romance Deus, o Diabo e os Super-Heróis no País da Corrupção

Conforme a sinopse:

"Em um país fictício onde a corrupção se espalhou por todas as esferas do governo e da sociedade, o detetive Lucca Carrara é chamado para investigar o desaparecimento da namorada do Ultra-Homem, um dos mais famosos e poderosos super-heróis em atividade.
Entre copos de uísque e a fumaça dos cigarros, Lucca precisará descobrir a verdade obscura por trás do desparecimento da jovem e se ela ainda está viva."

Segundo o que foi divulgado,  não é uma história comum de super-heróis,mas algo entre Tarantino e Garth Ennis

E indo além do que foi dito, levando em conta a trama do romance Deus, o Diabo e os Super-Heróis no País da Corrupção, já que ambas fazem parte do mesmo universo, a HQ também deverá agradar a leitores de obras como Whatchmen de Alan Moore e a recente The Boys, do mesmo Garth Ennis já citado acima, pelo mesmo tom em que aborda a temática dos super-heróis de forma realista. 


A arte fica por conta do quadrinhista Ivan Lima, responsável por diversas histórias nas Revista Calafrio e Mestres do Terror

Ainda segundo a divulgação, Lima possui um traço realista que combina com o clima noir e a atmosfera lúgubre da trama.


Fernando Fontana possui dois romances já publicados, o mencionado Deus, o Diabo e os Super-heróis no País da Corrupção, que é o primeiro de uma série de livros deste universo, em 2018 pela Editora Viseu. E em março deste ano, seu segundo livro Procura-se Elvis Vivo ou Morto, o primeiro de uma coleção de livros de bolso chamada Casos Supernaturais.


Você pode apoiar a partir de R$20,00 bastando entrar no site, clicando aqui.


Atualização:

O próprio autor Fernando Fontana acabou de divulgar mais uma novidade em primeira mão para o Laboratório Espacial! Vejam a seguir em suas próprias palavras:


"Em menos de cinco dias alcançamos 10% de nossa meta prevista. Por conta disso, para todos os que já apoiaram o nosso projeto e para todos que o apoiarem nos próximos sete dias, daremos de presente no final da campanha, um aquivo em PDF com o conto "Isamu precisa morrer!" Este é o segundo conto de uma coletânea prevista para ano que vem, chamada "Crônicas de Uma Casa de Chá". O primeiro destes contos, "O Jardineiro do Imperador" está disponível em formato de fanzine entre as recompensas já oferecidas. Agradecemos a todos por acreditarem em nosso projeto e aguardem pelas próximas novidades."






sábado, 10 de agosto de 2019

SILÊNCIO! Batman na Área!


A animação Batman: Hush (Silêncio) adapta a sua própria maneira o arco escrito por Jeph Loeb e desenhado por Jim Lee. O longa toma todas as liberdades necessárias para levar a trama para o ambiente das animações embaladas pelos Novos 52 desde Liga da Justiça Guerra (2014). Na verdade, algumas das mudanças realmente melhoram a história de maneira surpreendente, embora pague um certo preço por isso. Batman: Hush não está nada próximo dos melhores desenhos animados produzidos pela DC-Warner, mas ainda pode ser um entretenimento para os fãs.

Um dos pontos altos do longa está na relação mostrada entre Batman e Mulher Gato. Batman: Hush traz ação e uma história intrigante, mas que irá decepcionar quem espera uma atualização exata, quadro a quadro, do quadrinho. No entanto, se você espera uma nova versão, o resultado pode agradar. O longa resolve algumas das deficiências da história em quadrinhos original e oferece o que soa como uma história mais coesa. Ao comparar os dois, o material de inspiração se torna um primeiro rascunho quando comparado ao filme.












 







É claro que nem todos vão concordar, mas as mudanças adicionam uma carga pesada de desenvolvimento de personagem ao elenco do filme (sem spoilers), e que resulta em um final intrigante, melhor do que o material de origem. Tais mudanças funcionariam para o formato quadrinhos? Provavelmente não. Mas muito bem para a animação. Além disso, a reação da Bat-Família ao relacionamento de Batman e Mulher Gato já vale o filme, pois traz profundidade e relevância.
 
Porém, o filme ainda demonstra problemas. Assim como na história em quadrinhos, existem personagens que aparecem em situações “glorificadas” que não causam impacto na trama. Arlequina e Coringa estão tão deslocados quanto no contexto original. Além disso, algumas das alterações fazem com que alguns personagens recebam menos tempo de tela do que a história exige. Não que estrague o filme, mas o compromete em geral. Entrar em mais detalhes sem spoilers é dureza a partir daqui… Este filme é melhor apreciado se encarado com a mente aberta.
Um mal presente em animações anteriores se repete: o tempo de execução do filme, que impacta negativamente no ritmo narrativo para chegar logo ao final apoteótico. Sim, o clímax é imensamente satisfatório e repleto de conseqüências para os personagens.




 




Novamente cabe dizer que a força do filme está em como ele se dedica ao relacionamento entre Batman e Mulher Gato, usando-os como núcleo da história que está sendo contada. Sim, o mistério de Hush ainda é fundamental, mas quase tudo é contado através do relacionamento dos personagens. Isso dá margem para construção e desenvolvimento de ambos, que funciona muito bem. Parece que há mais coisas em jogo, principalmente a vida que os personagens estão construindo juntos.
A animação aqui é boa na maior parte do tempo, ocasionalmente, se percebe um salto na qualidade durante algumas das principais seqüências do filme. Infelizmente, isso significa que há outros momentos que ela cai um pouco, mas o padrão é geralmente como na maioria da linha DC Universe Movie. O design de personagens de Phil Bourassa segue o visual estabelecido desde Liga da Justiça: Guerra e, compreensivelmente, dadas as restrições orçamentárias e a continuidade do filme, guarda espaço para homenagens ao traço de Jim Lee, um bom toque.


 
















Batman: Hush provavelmente acabará sendo filme que divide opiniões entres os espectadores por algumas de suas escolhas, mas, no final, ainda é uma agradável diversão. Pode apresentar algumas deficiências, mas elas são mínimas se comparadas ao conjunto da obra. O mistério da identidade de Hush equilibra muito bem a exploração mais profunda do filme sobre o relacionamento de Batman e Mulher Gato. Mas e a cena por trás da identidade de Hush? Simplesmente fantástica. Essa adaptação pode não ser exatamente o que a maioria espera, mas os prós superam os contras. Recomendo.

http://laboratorioespacial.blogspot.com/2016/03/porque-o-batman-e-tao-legal-por-dennis.html

http://laboratorioespacial.blogspot.com/2018/03/gotham-luz-de-lampioes.html






terça-feira, 16 de julho de 2019

CONHEÇA O STUDIO PATINHAS: O NOVO PROJETO DA PREMIADA QUADRINHISTA E EDITORA CAROL PIMENTEL

Por Ricardo Quartim

Em parceria com o Cartunista, músico e Graphic Design Guilherme Baldin, a renomada quadrinhista, escritora e ex editora da PaniniCarol Pimentel criou o Studio Patinhas!
Cujo o nome é uma referência não ao pato milionário que todos conhecem, mas as mãozinhas de gatinhos fofos. A página do Studio Patinhas no Facebook inclusive, é recheada de tirinhas com esses adoráveis bichanos. 
O estúdio visa oferecer os mais diversos serviços para o mercado editorial, tais como letreiramento, edição, revisão, criação de logo, Design Gráfico, Marketing Digital, criação de conteúdo dentre outras coisas mais. Além de também criar os próprios roteiros e produzir HQs sob encomenda. 






Apesar de ser formada em física e quatro outras graduações, tendo sido inclusive diretora da Escola Municipal de Astrofísica de São Paulo, Carol escolheu ser editora da Panini Comics, inicialmente como assistente e depois como sênior, tendo sido a primeira editora mulher de quadrinhos de super-heróis no Brasil. Por suas mãos passaram Homem-Aranha, X-Men e a linha Ultimate








Carol também foi ganhadora do Troféu HQ Mix no ano de  2018 na categoria novo talento (roteirista) pela Graphic Novel  P.O.V. - Point Of View, em parceria com a quadrinhista Germana Viana, responsável pelas belíssimas ilustrações. Ainda em 2018 também participou como roteirista da HQ Gibi de Menininha e publicou o livro Tradução de Histórias em Quadrinhos – Teoria e Prática.





E em setembro deste ano, já como editora chefe do StudioPatinhas, Carol irá fazer uma palestra no XXXIX Semana do Tradutor UNESP/Ibilce. As inscrições já estão abertas. 



Para entrar em contato acesse a página do Facebook do Studio Patinhas, clicando aqui

Nós do Laboratório Espacial desejamos todo o sucesso do mundo a Carol e ao Guilherme nessa nova empreitada! 
VIDA LONGA AO STUDIO PATINHAS!



quinta-feira, 4 de julho de 2019

TOY STORY 4
































E a Pixar conseguiu mais uma vez. Muitos achavam que Toy Story 3 havia sido o fechamento perfeito para a história dos brinquedos. Eu, por outro lado, acho que se existem boas histórias, elas devem ser contadas, e Toy Story 4 trás uma história tão boa, tão interessante, com uma mensagem tão necessária e atemporal que não podia deixar de ser contada. E quando se trata de contar histórias, a Pixar já mostrou que é especialista, não apenas com os três anteriores da série, mas com praticamente todos os filmes que o estúdio já lançou.

Em Toy Story 4 temos Woody, Buzz e companhia lidando com sua nova dona, a tímida e reservada Bonie, que em um determinado dia, cria o Garfinho, seu novo amiguinho. A trama principal do filme gira em torno do apego emocional da garotinha com o Garfinho, do propósito de cada brinquedo e da necessidade que temos de seguir em frente com nossas vidas.
















Toy Story 4 diverte os pequenos, mas também além da diversão, deixa uma mensagem importante aos adultos, principalmente nos tempos atuais onde o apego ao passado e às coisas materiais é muito grande. Nunca o desapega da OLX fez tanto sentido...

Tecnicamente o filme é primoroso. Isso já vinha acontecendo a cada filme da Pixar, mas aqui em Toy Story 4 vemos o esmero na construção dos cenários, na animação de cada personagem, nos efeitos climáticos, no uso das cores e na escolha dos planos e enquadramentos. Além disso, a trilha sonora remete aos filmes anteriores e traz um sentimento de nostalgia que vai sendo desconstruído ao longo da trama.
















Toy Story 4 é um filme para toda a família e deve agradar a todos, desde o fanboy chatonildo que acha que os clássicos são insuperáveis até o adulto que só quer um pouco de diversão descompromissada na sala de cinema.

 

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Acabou Game of Thrones! (SEM Spoilers)

























Uns amaram e outros odiaram. Exatamente como manda a regra das redes sociais. E agora? Game of Thrones será lembrado e celebrado apaixonadamente como Star Trek ou entrará para a lista de assuntos esquecidos como LOST?

Desde os anos de 1990 algumas séries de TV tem adotado o formato "novelinha", com direito a gancho para o próximo capítulo. Se por um lado esse recurso prende a atenção do espectador e o deixa vibrando, o excesso de reviravoltas e o nível de complexidade e detalhamento das relações e conspirações (que não deixam de ser bem construídos e fascinantes) são um exercício de memória para o fã. Ah! Esses produtos não visam o público comum, o espectador ocasional, mas visam sim um público cativo que vista a camisa e abrace a série de modo muitas vezes apaixonado. A questão é a memória desses detalhes e desses níveis de complexidade. Em séries fechadas você tem episódios que são quase pequenos filmes, já nesse formato folhetim você tem assuntos e temas esticados (quase sempre) de maneira forçada. São tantas viradas que fica impossível lembrar na quinta temporada detalhes de fatos ocorridos na segunda ou terceira temporada.













As séries de episódios fechados, lá nos anos de 1960 se encerravam quando a audiência caía e simplesmente não se produzia novos episódios. Não havia uma celebração , um evento, para marcar o Final da série. As séries simplesmente deixavam de ter episódios novos. Com a evolução dos formatos  de produção e distribuição tudo mudou. E hoje a reclamação é sobre finais "pífios".

Curiosamente as Histórias em Quadrinhos tem trilhado caminho semelhante esquecendo o leitor ocasional em função dos fanboys e colecionadores. Uma marca do tempo que está sempre mudando e propondo novas visões ou releituras... Ah, sim, "releituras" porque vejam só: nos anos de 1930/40 os serials (seriados das matinês) tinham o exato formato novelinha/folhetim que hoje prolifera nas TVs a cabo e serviços de streaming.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Disney de casa nova


Depois de 68 anos de uma rica história publicando os quadrinhos Disney no Brasil, a Editora Abril decidiu não renovar seu contrato de licenciamento com corporação do ratinho, cancelou todas suas publicações de quadrinhos em junho de 2018 e deixou muitos colecionadores órfãos.

Após seis meses de incertezas, boatos e conjecturas, a nova casa dos quadrinhos Disney no Brasil foi anunciada. A Editora Culturama com sede em Caxias do Sul tornou-se a detentora dos direitos de publicação das HQs da turma de Patópolis.

De cara a Culturama anunciou um novo tipo de distribuição, que prioriza pontos alternativos para a venda do material e, assim, buscando a popularização do material ela investe na venda em grandes magazines, lojas de brinquedo, farmácias, supermercados e lojas de preço único. O editor Paulo Maffia declarou em entrevista que, apenas por pedido seu, a editora decidiu não descartar o cada vez mais restrito mercado das bancas de revistas.

Essa revolução na distribuição de quadrinhos ainda não se provou efetiva. A editora tem tropeçado em seus primeiros passos com atrasos na entrega dos exemplares para os assinantes, demora para alcançar os mercados e uma notável ausência no eixo norte-nordeste. Com um serviço de atendimento bem disposto a ouvir sugestões e implementar mudanças, a empresa tem conseguido sanar boa parte de suas deficiências.

As publicações têm uma ótima qualidade, com as capas em couchê de boa gramatura e o miolo em papel off-set. Todas as HQs publicadas são inéditas em nosso país e, apesar de ter recomeçado a numeração do zero, a editora manteve no expediente o número de publicação no Brasil, para agradar aos colecionadores, que querem saber em que número a revista estaria se nunca tivesse sido interrompida sua publicação.

Os títulos escolhidos para a primeira fase foram, Mickey, Pateta, Donald, Tio Patinhas e Aventuras Disney. Uma ausência sentida foi a do Zé Carioca, mas, já que há anos não são feitas novas histórias com o personagem e a editora assumiu um compromisso de publicar apenas quadrinhos inéditos aqui, o possível lançamento de um título solo com o papagaio malandro foi adiado para outro momento, em que, dependendo de acordos com a Disney e do retorno financeiro do investimento, poderíamos voltar a ter a produção de material nacional.

Já próximo a receber as edições de número 2, posso dizer que o projeto gráfico é sólido e que os profissionais responsáveis estão se empenhando na produção do material. Confesso que demorei um pouco a me acostumar com o design de capa e com a tipografia escolhida para os créditos, mas aos poucos essas questões secundárias foram sendo relevadas frente ao belíssimo esforço dos profissionais envolvidos para trazer de volta os quadrinhos da Disney ao Brasil.